Governo do país considerou o ato uma "provocação"
Em Cuba, grupo político de oposição ao governo conhecido como Archipiélago reiterou sua decisão de fazer uma passeata na próxima sexta-feira, 15, a despeito das autoridades terem proibido o ato.
"No dia 15 de novembro, nossa decisão será marchar cívica e pacificamente pelos nossos direitos. Frente ao autoritarismo, responderemos com civismo e mais civismo", publicaram eles através do Facebook.
O governo cubano descreveu a manifestação planejada para ocorrer em Havana e outras províncias como uma "provocação" e "parte da estratégia de mudança de regime para Cuba", conforme foi repercutido pela agência de notícias France Press.
"Os organizadores da mesma e seus posicionamentos públicos, assim como os vínculos de alguns com organizações subversivas e agências financiadas pelo governo americano, têm a intenção manifesta de promover uma mudança do sistema político em Cuba", continuaram ainda as autoridades cubanas em sua resposta oficial.
A atitude adotada pelo país foi criticada por Ned Price, que é um conselheiro político norte-americano e atual representante do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
"É a liberdade de expressão, é a liberdade de se reunir pacificamente que o governo cubano negou ao seu povo", avaliou ele, segundo informações repercutidas pela AFP.
O líder do Archipiélago, Yunior García, respondeu às afirmações do Estado com tristeza.
"Sempre, qualquer coisa que o cubano faça, vão dizer que são os mandos de alguém em Washington, como se nós cubanos não pensássemos, não tivéssemos cérebro", argumentou ele.
"Qualquer cubano sensato quer mudanças para o bem, qualquer cubano sensato quer que em Cuba haja mais democracia, que haja mais progresso, que haja mais liberdade, em todos os sentidos", concluiu García.