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Notícias / Terrorismo

Extremista mata 3 pessoas no Paquistão por associar vacinação a espionagem

Organização ligada ao Talibã afirma que imunização contra poliomielite deixará crianças muçulmanas inférteis

Redação Publicado em 30/11/2022, às 15h08

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Vacinação contra a poliomielite no Paquistão - Getty Images
Vacinação contra a poliomielite no Paquistão - Getty Images

Nesta quarta-feira, 30, um extremista matou ao menos três pessoas e feriu outras 30 após um ataque terrorista contra a escolta policial de uma equipe de vacinação de poliomielite no Paquistão. O episódio foi reivindicado por uma organização ligada ao Talibã, grupo fundamentalista islâmico que governa o Afeganistão.

A campanha de imunização no país começou na última segunda, 28, e sofreu protestos de militantes islâmicos contra as equipes de vacinação contra a poliomielite. Eles alegam que a ação é uma ferramenta ocidental para espioná-los e tornar crianças inférteis. Outras teorias dizem que as vacinas contêm gordura de porco e, por isso, são proibidas para muçulmanos.

De acordo com as autoridades paquistanesas, na cidade de Quetta, capital da província de Baluchistão, no sudoeste do país, um homem-bomba jogou seu veículo contra o caminhão da polícia e provocou uma explosão.

Um policial também afirmou à agência de notícias Reuters que, entre as vítimas, estão uma mulher, uma criança e um policial, além de alguns feridos em estado grave. 

Vacinação 

Em resposta ao ataque, o primeiro-ministro Shehbaz Sharif, disse que seu governo continuará com o trabalho de imunização. Já em declaração do grupo extremista, o atentado foi executado para "vingar a morte" de um alto comandante e fundador do grupo que morreu em agosto.

Segundo a imprensa local, mais de 70 pessoas que aplicavam vacinas contra a poliomielite foram assassinadas desde 2012 no país, em especial na província de Khyber Pakhtunkhwa, onde o grupo fundamentalista Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), que reivindicou o ataque desta quarta-feira, 30, tem forte influência.