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Notícias / Arqueologia

Fósseis de cobras que viveram há 60 milhões de anos são encontrados em Presidente Prudente

O paleontólogo William Roberto Nava se entusiasmou com as descobertas e afirma serem raras essas oportunidades de pesquisa

Giovanna de Matteo Publicado em 17/08/2020, às 12h12

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Foto dos fósseis de cobras e aves descobertos - Divulgação / William Roberto Nava
Foto dos fósseis de cobras e aves descobertos - Divulgação / William Roberto Nava

Foram descobertos pequenos ossos fossilizados em rochas que se acredita serem de cobras que viveram na era dos dinossauros, 60 milhões de anos atrás. O achado estava no sítio paleontológico de Presidente Prudente, no Parque dos Girassóis.

O responsável pela pesquisa, o paleontólogo William Roberto Nava, coordenador do Museu de Paleontologia de Marília, registrou a descoberta no último dia 5. Os pequenos fósseis ainda serão alvo de uma análise laboratorial feita pelo Museu de Marília, que no momento se encontra fechado para o público.

Um dos fósseis se assemelha muito com as das serpentes atuais, contendo cerca de 60 vértebras em seu esqueleto, outra, no entanto, estava ligada à fragmentos de um crânio com uma espécie de dentes, e contém 40 vértebras.

As estruturas espinhais foram encontradas entre fósseis de aves que viveram no período cretáceo. Nava acredita que essas cobras viviam entre os dinossauros e aves, e passa a questionar: “Será que as serpentes se alimentavam das aves ou eram o alimento delas? É preciso dar sequência às pesquisas para ter certeza”.

Achar registros de fósseis de cobras é um tanto raro, afirma o arqueólogo, podendo esse ser apenas o terceiro achado desse tipo no Brasil. Nava também declarou que, em um dos seus trabalhos mais recentes ele descobriu fósseis de uma ave que ainda não havia registro na região.

A ave foi documentada como pertencente ao grupo enantiornithes, que viveu entre 70 e 80 milhões de anos. Segundo ele, uma ave desse tipo só tinha sido registrada uma vez no Brasil, há 5 anos atrás no Ceará. “Fósseis de aves pré-históricas são muito raros, por isso a descoberta tem bastante importância”, disse.