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Notícias / Haiti

Haiti: Ex-senador é condenado à prisão perpétua por morte do presidente Jovenel Moïse

Jovenel Moïse foi assassinado em 7 de julho de 2021 e 11 suspeitos foram detidos; dentre eles, estava o ex-senador que pegou prisão perpétua

Redação Publicado em 19/12/2023, às 19h42

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O presidente Jovenel Moïse, morto em 2021 - Getty Imagens
O presidente Jovenel Moïse, morto em 2021 - Getty Imagens

Nesta terça-feira, 19, um ex-senador haitiano foi condenado à prisão perpétua por conspirar para matar o presidente do Haiti, Jovenel Moïse, em 2021. John Joel Joseph é o terceiro dos 11 suspeitos detidos e acusados ​​em Miami a serem condenados no caso do assassinato de Moïse.

Joseph, um conhecido político e oponente do partido Tet Kale do falecido presidente, foi extraditado da Jamaica em junho para enfrentar acusações de conspiração para cometer assassinato ou sequestro fora dos Estados Unidos e de fornecer apoio material que resultou em morte.

A sentença veio dois meses depois de Joseph ter assinado um acordo de confissão de culpa com o governo na esperança de obter uma redução na sua pena. Em troca, ele prometeu que cooperaria com a investigação. O juiz federal José E. Martínez proferiu a pena máxima em audiência em Miami que durou cerca de 30 minutos.

Na ocasião, Joseph pediu misericórdia e disse que nunca planejou matar o presidente haitiano.

Acontece que o plano ficou confuso, fora de controle", disse Joseph em crioulo. "O plano mudou para matar o presidente, mas nunca foi minha intenção", acrescentou.

O juiz informou que consideraria uma redução da pena caso o governo pedisse, mas, após ouvir o ex-senador haitiano, Martínez condenou-o à prisão perpétua. “Quer você tenha tentado ou não o assassinato, você entra em território perigoso”, disse Martínez.

Outros culpados

No desdobramento do caso, duas outras pessoas foram sentenciadas, o empresário haitiano-chileno Rodolphe Jaar e o ex-militar colombiano aposentado Germán Alejandro Rivera García, ambos recebendo penas de prisão perpétua, informou o The Guardian.

Joseph Vincent, detentor de dupla cidadania haitiana-americana e ex-colaborador confidencial da Agência Antidrogas dos EUA, admitiu sua culpa neste mês e aguarda o veredito que será proferido em fevereiro de 2024.

A ocorrência do assassinato de Moïse, datada em 7 de julho de 2021, gerou instabilidade sem precedentes no Haiti. O país ainda enfrenta as consequências desse crime, encontrando-se desprovido de um governo eleito e imerso em uma crise política e econômica.