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Notícias / Estupro

36 anos depois: a saga do homem condenado por estupro que não cometeu

Na quinta-feira, 25, o Norte-americano Sullivan Walter foi solto após ser condenado por estupro que não cometeu

Redação Publicado em 29/08/2022, às 11h46 - Atualizado em 04/09/2022, às 11h00

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Sullivan Walte solto após 36 anos - Divulgação/Innocence Project New Orleans
Sullivan Walte solto após 36 anos - Divulgação/Innocence Project New Orleans

A Justiça de Nova Orleans, Estados Unidos, soltou na última quinta-feira, 25, um homem que esteve preso durante 36 anos por um crime que não cometeu.

Segundo informações do UOL, o homem em questão trata-se de Sullivan Walter, um homem negro que estava preso há 36 anos por uma acusação de estupro. Na época em que foi preso, Walter tinha 17 anos, atualmente ele tem 53.

No total, a sentença era de 39 anos, quatro anos por uma acusação de roubo - que não está ligada ao estupro - e 35 anos por inúmeras acusações de estupro que ele não cometeu.

Crime

Segundo a revista 'People', o crime no qual Walter foi inadequadamente acusado aconteceu em 1986, quando um homem invadiu uma casa usando uma máscara e abusou da vítima, identificada como L.S.

A polícia chamou a vítima para realizar uma identificação dos principais suspeitos. Após o processo de identificação, Walter foi preso pois usava um boné de beisebol azul similar ao do verdadeiro culpado.

Para o diretor jurídico do Projeto de Inocência de Nova Orleans, Richard Davis, o motivo pela suspeita e condenação de Walter se deu pela cor de sua pele. Ainda segundo Davis, os responsáveis na época pelo caso "agiram como se acreditassem que poderiam fazer o que quisessem com um adolescente negro de uma família pobre".

O diretor trabalhou com o promotor público Jason Williams para tirar Walter da prisão, alegando também que "o depoimento da testemunha ocular poderia não ser confiável".

Houve indícios de que o depoimento da testemunha ocular poderia não ser confiável. Nesse caso, L.S. estava sendo solicitada a fazer uma identificação interracial de alguém que em todos os momentos que ela podia observá-lo estava mascarado, em um quarto escuro à noite, e/ou ameaçando-a para não olhar para ele. Além disso, L.S. não viu uma matriz de fotos contendo o Sr. Walter até mais de seis semanas após o crime", disse a promotoria.

O juiz Darryl Derbigny informou que anulou as acusações de estupro contra Walter, pois, as evidências de sangue e sêmen nunca chegaram ao tribunal. Finalmente solto, em entrevista para 'The Time Picayne', o homem disse agora está "pronto para viver" e que busca uma "vida honesta e livre".


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