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Notícias / Jeffrey Epstein

Irmão não acredita em suicídio de Jeffrey Epstein: 'Quem mandou matá-lo?'

Em meio às repercussões do escândalo que voltou à tona, Mark Epstein questiona morte do irmão em 2019: 'gostaria de uma investigação completa'

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 22/01/2024, às 14h03

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Capa do documentário sobre Jeffrey Epstein - Divulgação / Netflix
Capa do documentário sobre Jeffrey Epstein - Divulgação / Netflix

Enquanto Jeffrey Epstein voava de Paris para Nova York, em julho de 2019, ele telefonou para seu irmão mais novo, Mark. Os dois mantinham contado de forma ocasional, algo que ocorreu desde a morte da mãe deles, 15 anos antes. 

Embora raro, aquele momento jamais sairá da memória de Mark, afinal, foi a última vez que falou com o irmão. Ao desembarcar em Teterboro, em Nova Jersey, Jeffrey acabou sendo preso por acusações de aliciar uma menor de idade. 

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Um mês depois, após ser detido em uma prisão em Manhattan, o bilionário foi encontrado morto em sua cela em 10 de agosto. À época, foi anunciado que Epstein, que estava sob observação psicológica, havia se suicidado. Ele já teria tentado se matar dias antes. 

Embora aquele fosse o fim do magnata, seu passado sombrio ainda viraria uma bola de neve. Meses depois, sua confidente, Ghislaine Maxwell, acabou sendo condenada por ser sua cúmplice e, mais recentemente, milhares de documentos vazaram colocando pessoas famosas na ilha do sexo de Epstein

Ainda assim, pelo menos para Mark, um mistério ainda permanece inexplicado: quem matou seu irmão? 

Morte encomendada?

Segundo relata o The Guardian, ele não aceita o relatório do Departamento de Justiça, que considerou os funcionários penitenciários culpados não só de negligência, como também de má conduta e falhas absolutas no desempenho profissional. Ainda assim, o documento aponta não existir nenhuma outra evidência que aponta que a morte não tenha sido um suicídio. 

"Eu gostaria de uma investigação completa sobre sua morte. Se você olhar para todas as evidências, incluindo a autópsia, as fotografias de seu corpo, o relatório idiota do Departamento de Justiça que está cheio de imprecisões, você nunca chegaria à conclusão de que isso foi um suicídio. Mas com base em quê [eles afirmaram isso]?", questionou em entrevista ao veículo britânico. 

No centro de um escândalo de corrupção sexual, política e financeira, Jeffrey Epstein voltou a ter seu nome nos noticiários, apesar de morto, após a divulgação de documentos há muito tempo guardados ligados ao processo de difamação movido em 2017 por Virginia Giuffre; que serviu para prejudicar ainda mais a reputação de nomes como Bill Clinton e o príncipe Andrew

Os registros ainda fizeram com que voltasse a ser debatida as circunstâncias sobre a morte do milionário. Sabe-se que naquela fatídica noite, Epstein não estava sob vigilância de suicídio e ainda estava sozinho em sua cela.

Além disso, dois agentes penitenciários responsáveis por vigiá-lo foram posteriormente acusados de falsificar registros prisionais. Por fim, colegas de cela disseram que não viram ninguém entrar no local, mas a câmera que apontava para a porta onde Jeffrey estava não gravou nada naquela noite. 

Mark, por sua vez, diz acreditar que outro prisioneiro possa ter entrado na cela do irmão e o matado. Ele também revelou que lhe foi dito que nem todas as portas da cela estavam trancadas naquela noite. 

Apesar de todos os relatórios, Mark Epstein não está convencido do cenário apresentado e continua teorizando: "A questão é: quem mandou matá-lo?".

Só estou preocupado com as circunstâncias da morte do meu irmão", finaliza.