Sabine Coll Boghici é acusada de roubar obras de arte e dar golpe milionário na própria mãe; entenda o caso!
Redação Publicado em 16/03/2023, às 10h45
Na última terça-feira, 14, Sabine Coll Boghici teve sua liberdade provisória cedida pela 23ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. A mulher estava presa por acusação de ter dado um golpe milionário contra a própria mãe. O caso aconteceu em agosto de 2022.
Entretanto, Sabine não poderá entrar em contato com a própria mãe, a francesa Geneviève Rose Coll Boghici, tendo que respeitar uma distância mínima de 500 metros. O contato com outras testemunhas do caso também é proibido.
A acusada também deverá se apresentar em juízo mensalmente e não poderá se ausentar por mais de 10 dias sem que a Justiça lhe autorize. O passaporte de Sabine Coll Boghici também deverá ser entregue em juízo. Caso a mulher não cumpra alguma destas determinações, um novo decreto de prisão será emitido imediatamente.
A decisão restabelece a justiça. A acusação apresenta fundamentação frágil e amparada exclusivamente na palavra da vítima, em represália a contestação da sua inventariança e pelo fato da não aceitação da relacionamento homoafetivo da sua filha", celebrou o advogado de Sabine, em nota.
Segundo repercutido pela Folha de S. Paulo, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), havia se mostrado contra a libertação da acusada. Porém, a Justiça entendeu que Coll Boghici não apresenta alta periculosidade, visto que ela apresenta apenas uma única anotação criminal. A do caso em questão.
Em agosto do ano passado, a Operação Sol Poente da Polícia Civil recuperou obras de arte roubadas que estavam na casa de Rosa Stanesco Nicolau, companheira de Sabine — que também estava no local. Os quadros pertenciam a Geneviève Rose Coll Boghici.
Durante três anos, a Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti) apurou o roubo de 16 quadros, entre eles 'Sol Poente' de Tarsila do Amaral, e da aplicação de um golpe que causou prejuízo de mais de R$ 724 milhões.
Diversas telas foram localizadas embaixo da cama de Rosa, que ainda tentou fugir pela janela, apontou o Exame. As obras furtadas eram do acervo de Geneviève, que as herdou sete anos após o falecimento do marido, Eugéne Boghici.
Além de Sabine, outras seis pessoas de uma mesma família foram indiciadas pelos crimes de associação criminosa, estelionato, extorsão, roubo e cárcere privado contra a idosa. Quatro delas foram presas, com Sabine sendo solta nesta semana; duas estão foragidas e o último foi encontrado morto, diz a Folha.
