Exército anunciou na semana passada que compraria 98 blindados
Luisa Alves sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 05/12/2022, às 14h49
O exército decidiu na semana passada que compraria 98 veículos blindados do modelo Centauro II, mas a decisão foi barrada pela justiça que suspendeu nessa segunda-feira, 5, as aquisições de R$ 5 bilhões.
O contrato seria assinado hoje pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), mas a decisão foi suspensa pelo TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região). Os veículos da marca italiana Iveco-Oto-Melara custariam 900 milhões de euros aos cofres públicos, o equivalente a mais de R$ 5 bilhões.
Chamados de caça-tanques, eles pesam cada um, 30 toneladas, com um canhão de longo alcance, como informado pelo UOL.
A decisão do governo é alvo de polêmicas por significar um gasto bilionário enquanto ocorrem cortes de verbas nos setores da educação e saúde. O desembargador Wilson Alves de Souza declarou considerar a compra, uma "evidente a falta de bom senso".
Com os maiores cortes para esses Ministérios, o governo decidiu bloquear R$ 5,7 bilhões do orçamento. O magistrado disse na decisão, que não é urgente a compra de armas em tempos de paz.
"Ao que consta a todos, a única guerra que se está a enfrentar nesse momento é a travada contra a covid-19, que permanece e recrudesce no atual momento - e isso também é fato público e notório -, a exigir mais investimentos em lugar de cortes, exatamente na área da saúde", diz no documento.
