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Milei e papa Francisco fazem as pazes e compartilham alfajores no Vaticano

Durante sua campanha para a presidência da Argentina, Milei insultou Francisco, chegando a chamá-lo de “imbecil que defende a justiça social”

Redação Publicado em 12/02/2024, às 13h21

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Presidente da Argentina, Javier Milei, e seu compatriota, o papa Francisco - Reprodução/Vídeo/YouTube/O POVO Online
Presidente da Argentina, Javier Milei, e seu compatriota, o papa Francisco - Reprodução/Vídeo/YouTube/O POVO Online

Nesta segunda-feira, 12, o presidente da Argentina, Javier Milei, foi ao Vaticano encontrar seu compatriota, o papa Francisco, que chegou a ridicularizar no passado. Durante a visita, os argentinos fizeram as pazes e trocaram doces.

Durante a sua campanha presidencial, Milei insultou Francisco, chegando a chamá-lo de “imbecil que defende a justiça social”. Uma vez no cargo de presidente da Argentina, ele mudou o tom de seu discurso, visando ganhar o apoio de população em meio a uma crise nacional.

Conforme repercutido pela CNN Brasil, ele chamou o papa de “o argentino mais importante da história”, além de presenteá-lo com alfajores de doce de leite e um pacote de biscoitos de limão, os favoritos do sacerdote.

No domingo, 11, Francisco e Milei trocaram palavras amigáveis durante o encerramento de uma missa de canonização na Basílica de São Pedro, onde foi canonizada a primeira santa argentina, Maria Antonia de Paz y Figueroa, conhecida como “Mama Antula”.

O papa, que enfrenta dificuldades de locomoção aos 87 anos e estava em uma cadeira de rodas, cumprimentou o presidente após o culto. Com um sorriso, ele estendeu a mão e comentou: “Você cortou o cabelo!”

Milei, conhecido por seu estilo cabelo pouco convencional para um político, brincou sobre ter se arrumado para a missa e perguntou se podia abraçar e beijar o papa. Francisco respondeu: “Sim, filho, sim”.

Crise

A reunião, de cerca de uma hora, acontece em um momento crítico para a Argentina, que está passando por sua pior crise econômica em décadas, com uma inflação acima de 200%. Além disso, o presidente recém-empossado está enfrentando desafios após a rejeição de um pacote de reformas pelo Congresso.

Até hoje, Francisco, ex-arcebispo de Buenos Aires, causa desconforto entre alguns de seus compatriotas por nunca ter retornado à sua terra natal desde que assumiu o papado em 2013. Porém, ele mencionou a possibilidade de visitar a Argentina durante o segundo semestre deste ano.

Essa visita poderia fortalecer o apoio de Milei entre sua base católica conservadora, além de auxiliar o presidente na realização de suas reformas. Recentemente, ele destacou o papel da liderança moral de Francisco em um país predominantemente católico, como a Argentina.

Mas é importante ressaltar que Francisco já manifestou sua preocupação em não ser utilizado politicamente pelos líderes argentinos. Na última sexta-feira, 9, ele chegou a afirmar que o “individualismo radical” é um “vírus” para a sociedade, discurso que contraria o posicionamento político de Milei.