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Notícias / Paleontologia

Nova espécie de titanossauro é descoberta na Patagônia

Com 'apenas' 7 toneladas, o Titanomachya gimenezi viveu há 70 milhões de anos e pode revelar muito sobre a evolução dos dinossauros na Patagônia

Éric Moreira Publicado em 24/04/2024, às 12h24

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Fotografia tirada durante escavações de novo dinossauro na Patagônia - Divulgação/Vincent Brusca
Fotografia tirada durante escavações de novo dinossauro na Patagônia - Divulgação/Vincent Brusca

Uma expedição paleontológica recente realizada na Formação La Colonia, na Argentina, e apoiada pela National Geographic Society, levou à descoberta de fósseis de uma nova espécie de titanossauro até então desconhecida. O mais curioso sobre a criatura é que, com "apenas" cerca de 7 toneladas, a espécie pode ser a menor de titanossauro que viveu na Patagônia Central.

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Nomeado como Titanomachya gimenezi, o dinossauro é o primeiro saurópode reconhecido da região, que é parte da Patagônia argentina. Vale lembrar que os saurópodes são um grupo de dinossauros grandes, reconhecidos principalmente por seus tamanhos descomunais e pescoços compridos.

Datado de 70 milhões de anos atrás, o dinossauro foi nomeado em homenagem à Olga Giménez, a primeira paleontóloga que estudou dinossauros na província argentina de Chubut, onde o animal foi encontrado. As buscas foram lideradas por Diego Pol, explorador da National Geographic, junto a uma equipe de exploradores e paleontólogos argentinos, sem mencionar o apoio de mais de dez museus e universidades.

O projeto visa expandir a nossa compreensão científica dos dinossauros e vertebrados que existiram na Patagônia durante os últimos 15 milhões de anos, no Período Cretáceo, com a esperança de construir uma base de dados que ajude os investigadores a identificar os padrões de extinção na América do Sul e compará-lo com os de outras regiões do mundo", afirma Diego Pol em comunicado.
Escavações na Formação La Colonia, na Argentina / Crédito: Divulgação/Vincent Brusca

Sobre o dinossauro

A identificação da nova espécie foi feita a partir dos fósseis encontrados, que contam com membros anteriores e posteriores, fragmentos de costelas e uma vértebra da cauda. A partir das análises, foi notado que a espécie estava em um ponto intermediário, do ponto de vista evolutivo, entre as linhagens Colossosauria e Saltasauridae, os dois principais clados dos titanossauros saurópodes.

A descoberta do Titanomachya, somada a informações anteriores, sugerem que houve uma grande mudança ecológica no final do Cretáceo, marcada por uma redução no tamanho dos titanossauros, um declínio na sua abundância e o domínio de outros dinossauros herbívoros, como os hadrossaurídeos, na paisagem", pontua Pol no comunicado.

O pesquisador ainda conclui, ao afirmar que, em paralelo a essa mudança ecológica dos dinossauros herbívoros, o clima da região e os habitats estavam sendo transformados, conforme o Oceano Atlântico avançava sobre a Patagônia, segundo a Revista Galileu.