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Notícias / Arte

Os detalhes intrigantes da obra O Casal Arnolfini

Conheça os símbolos presentes na obra de Jan van Eyck e as inúmeras simbologias presentes nela

Giovanna Gomes Publicado em 03/12/2020, às 13h35 - Atualizado às 13h36

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Quadro de Jan van Eyck - Divulgação
Quadro de Jan van Eyck - Divulgação

Muitos historiadores acreditam que a obra o Casal Arnolfini, de Jan van Eyck testemunha o casamento de um rico mercador italiano, Giovanni Arnolfini, e sua esposa, Giovanna, ocorrido em meados do século XV.

À primeira vista, pode-se pensar que se trata de um simples quadro com detalhes bizarros. Porém, cada elemento presente na imagem contém um pequeno conjunto de simbologias que compõem o significado maior da obra.

Quem era o Casal Arnolfini?

Por volta de 1421 um comerciante italiano chamado Giovanni Arnolfini se estabeleceu em Bruges. Influente, teve cargos importantes concedidos por Filipe, o Bom, duque da Borgonha. Mais tarde, tornou-se tesoureiro da Normandia, período em que acumulou um grande capital.

A esposa do mercador, Giovanna, também vinha de uma família rica e certamente a união foi cuidadosamente arranjada. O casal, no entanto, nunca teve filhos.

Os símbolos 

Um importante detalhe presente na pintura são as mãos unidas do casal. O ato de dar as mãos representa a união de duas pessoas em uma só num casamento cristão. Esse entrelaçamento também acaba por unir a pintura como um todo, o que é representado pelas curvas do candelabro na parte superior.

A obra /Crédito - Wikimedia Commons

Há ainda outra observação que pode ser feita sobre o objeto pendurado: uma única vela está acesa. De acordo com o Artstor, se tratava de um costume da época e representava o olho de Deus que tudo vê, além de um símbolo de fertilidade.

Detalhe: cachorro do casal/ Crédito: Divulgação

O vestido de Giovanna também possui esse simbolismo. O verde era tradicionalmente tido como a cor da fertilidade. A mulher não estava grávida, por mais que sua postura retratada na obra sugira uma gravidez. A presença de um cachorro à frente do casal representa ainda a fidelidade e o amor no casamento.

Detalhes

Mesmo os elementos que possuem menos destaque apresentam grande significado. As laranjas no canto esquerdo da pintura são usadas para representar o pecado original no Éden, que levou à queda do homem.

Acreditava-se, no entanto, que os instintos pecaminosos da humanidade seriam santificados por meio do casamento cristão.

Além disso, a posição dos sapatos compõe um detalhe importante: os calçados de Giovanna estão perto da cama, o que simboliza que a vida da mulher seria voltada ao ambiente doméstico. Já os sapatos do marido estão virados para fora.

Detalhes dos sapatos/ Crédito: Divulgação

Ainda que não exista a presença de uma porta na pintura, é possível deduzir a existência de uma no ambiente que foi retratado, devido à luz projetada sobre os sapatos de Giovanni. Assim, pode-se dizer que, assim como os sapatos, a vida do homem é voltada para o ambiente externo.

Na parede ao fundo há um espelho, o qual reflete toda a cena vista de trás. No reflexo, podemos notar a presença de duas pessoas que estariam testemunhando a união do casal, sendo que uma dessas pessoas seria o próprio Jan van Eyck.  Naquela época, para que um casamento fosse oficializado bastava a presença de duas testemunhas. 

Detalhe: espelho e assinatura do artista/ Crédito: Divulgação

Acima do espelho é possível ver algo escrito: “Johannes de Eyck fuit hic 1434”, que em latim significa "Jan van Eyck esteve aqui em 1434". Também conta com dez das catorze estações da cruz, que mostram os a jornada de Cristo até sua morte. A presença dessas cenas sugere uma interpretação cristã da obra.

Ao lado, está pendurado um rosário, típico presente de casamento de um homem para sua noiva. O cristal é símbolo de pureza, enquanto o rosário sugere a virtude da noiva e seu dever de continuar devota e fiel.


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