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Notícias / Lucy

Pela primeira vez, cientista reconstitui tecido muscular do fóssil de Lucy

Lucy é um fóssil de 3,2 milhões de anos e o tecido foi reconstruído através de uma modelagem 3D

Isabelly de Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 14/06/2023, às 16h59

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Imagem de como a ciência imagina que Lucy fosse - Getty Images
Imagem de como a ciência imagina que Lucy fosse - Getty Images

Pela primeira vez, o tecido mole da Australopithecus afarensis Lucy, um fóssil de 3,2 milhões de anos, foi reconstruído. A cientista Ashleigh Wiseman, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, realizou a modelagem em 3D.

O modelo desenvolvido pela pesquisadora reafirma a hipótese de que Lucy caminhava ereta, sendo também a primeira reconstituição digital de tecido mole de qualquer ancestral humano primitivo. Os resultados foram registrados na publicação científica Royal Society Open Science nesta quarta, 14.

Wiseman modelou os músculos das pernas e da pelve de Lucy, que foi descoberta na Etiópia em 1974. Segundo a pesquisadora, os ossos da Australopithecus compõem um dos esqueletos de hominídeos mais completos e têm sido estudados desde sua descoberta, de acordo com a Galileu.

Estima-se que Lucy tinha cerca de 1,05 metro de altura e pesava aproximadamente 28 kg. A Australopithecus afarensis, que viveu há mais de 3 milhões de anos na África Oriental, possuía um rosto semelhante ao de macacos e um cérebro menor do que o dos humanos modernos.

Utilizando dados de código aberto recentemente publicados sobre o fóssil, Wiseman criou um modelo digital da estrutura muscular da parte inferior do corpo de Lucy, recriando 36 músculos em cada perna.

Imagem em 3D do modelo criado pela pesquisadora - Crédito: Ashleigh Wiseman

Lucy x Homo sapiens

A maioria dos músculos na Australopithecus era maior em comparação aos humanos modernos. Por exemplo, os principais músculos das panturrilhas e coxas da ancestral humana eram mais que o dobro do tamanho dos nossos, representando 74% da massa total da coxa, enquanto nos Homo sapiens essa porcentagem é de apenas 50%.

Além dos dados provenientes de Lucy, a pesquisadora usou exames de ressonância magnética e também tomografia computadorizada das estruturas musculares e ósseas de uma mulher e um homem modernos. Com base nisso, foi possível mapear os "caminhos musculares" e construir um modelo musculoesquelético digital.