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Notícias / Arqueologia

Pesquisadora demonstra disseminação de doenças infecciosas há 4 mil anos

“É uma lição do que as doenças infecciosas podem fazer a uma população se você permitir que elas se espalhem amplamente”, afirmou

Isabela Barreiros Publicado em 21/09/2020, às 13h45

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Escavações realizadas no sítio arqueológico de Man Bac, no Vietnã em 1999 - Divulgação/NVCC
Escavações realizadas no sítio arqueológico de Man Bac, no Vietnã em 1999 - Divulgação/NVCC

Um projeto de pesquisa desenvolvido pela pesquisadora Melandri Vlok, candidata ao programa de doutorado da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, expôs o surgimento e disseminação de uma doença infecciosa há pelo menos 4 mil anos. Em 2018, a especialista foi até o sítio arqueológico de Man Bac, no Vietnã, para conseguir informações e amostras do local.

Agora, após inúmeras investigações, a cientista concluiu uma série de questões que são relevantes principalmente no contexto atual da pandemia global do novo coronavírus. O estudo de Vlok obteve a primeira evidência de forte de bouba na Ásia pré-histórica, encontrada na região analisada.

Para a pesquisadora, a doença foi introduzida na região por agricultores que se mudaram para o sul da China moderna. Chegando no território, a bouba foi passada para os caçadores-coletores no Vietnã atual, que descendiam das primeiras populações da Ásia e também da África.

A principal conclusão foi que a doença existiu durante um longo período na região, o que indica que ela foi muito difícil de ser erradicada. "Isso é importante porque saber mais sobre essa doença e sua evolução muda a forma como entendemos a relação que as pessoas têm com ela. Ajuda-nos a entender por que é tão difícil de erradicar. Se está conosco há milhares de anos, provavelmente já se desenvolveu para se encaixam muito bem com os humanos”, explica Vlok.

Segundo ela, “isso nos mostra o que acontece quando não agimos com essas doenças”. “É uma lição do que as doenças infecciosas podem fazer a uma população se você permitir que elas se espalhem amplamente. Isso destaca a necessidade de intervenção, porque às vezes essas doenças são tão bom em se adaptar a nós, em se espalhar entre nós”, concluiu.