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Notícias / Paleontologia

Presa de mamute de mais de 100 mil anos é encontrada nas águas profundas do litoral americano

O fóssil do mamute-colombiano está em um ótimo estado de conservação e os pesquisadores esperam poder sequenciar o DNA do espécime

Isabela Barreiros Publicado em 27/11/2021, às 09h50

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Presa encontrada no fundo do mar próximo à costa da Califórnia, nos EUA - Divulgação/MBARI
Presa encontrada no fundo do mar próximo à costa da Califórnia, nos EUA - Divulgação/MBARI

Cientistas se depararam, em 2019, com uma presa que pensaram ser de elefante enquanto navegavam a mais de 3 mil metros de profundidade no Oceano Pacífico. Em julho, descobriram que, na verdade, se tratava de um vestígio de um mamute.

O Instituto de Pesquisa Monterey Aquarium, que investiga as águas profundas do litoral da Califórnia, nos EUA, há mais de 30 anos, divulgou apenas na última segunda-feira, 22, que o fóssil se tratava de um fragmento de mamute que viveu há pelo menos 100 mil anos.

Pesquisadores estudam a presa de mamute / Crédito: Divulgação/MBARI 

A datação está sendo realizada por Terrence Blackburn, professor associado da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, que desenvolveu uma análise da decaimento de isótopos de urânio e tório presentes no dente, mas mais testes ainda serão necessários para descobrir o período exato em que o mamute viveu.

A presa tem cerca de um metro de comprimento e era de um mamute-colombiano, da espécie Mammuthus columbi. A expectativa é de sequenciar o DNA do espécime para compará-lo com outros materiais conhecidos dos animais gigantes do passado.

Estudo sobre o fóssil de mamute descoberto no litoral americano / Crédito: Divulgação/MBARI 

“Os restos mortais de mamutes da América do Norte continental são particularmente raros e, portanto, esperamos que o DNA dessa presa vá longe para refinar o que sabemos sobre mamutes nesta parte do mundo”, explicou Beth Shapiro, cientista líder da pesquisa.

O que ajudará nessa pesquisa é o fato de que a presa está em um ótimo estado de conservação, possibilitado pelo ambiente frio e pela alta pressão oferecida pelo oceano, como ressalta a revista Galileu.

“O ambiente de preservação do fundo do mar deste espécime é diferente de quase tudo que vimos em outros lugares”, afirmou Daniel Fisher, paleontólogo da Universidade de Michigan. “Outros mamutes foram resgatados do oceano, mas geralmente não de profundidades maiores que algumas dezenas de metros.”

Os pesquisadores também têm intenção de desenvolver uma reconstituição tridimensional da parte interna da presa para obter mais informações sobre o material, inclusive sobre como ela foi parar no mar.