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Notícias / Arqueologia

Ruínas de uma torre de vigia romana milenar são encontradas na Suíça

A torre de vigia servia para guardar as fronteiras do Império Romano, que estava perto de seu fim quando essa torre foi construída

Eduardo Lima, sob supervisão de Ingredi Brunato Publicado em 18/05/2023, às 13h18

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Foto da moeda e do pedaço de cinto que foram encontrados perto das ruínas da torre de vigia - Divulgação/Amt für Archäologie Thurgau
Foto da moeda e do pedaço de cinto que foram encontrados perto das ruínas da torre de vigia - Divulgação/Amt für Archäologie Thurgau

Em um local próximo ao rio Rhine, no norte da Suíça, arqueólogos encontraram as ruínas de uma torre de vigia romana que data do século 4 d.C.

A construção tinha uma base quadrada de 7 por 7 metros, com paredes de 1 metro de comprimento. Não é possível saber, no entanto, quão alta era a torre quando foi construída, segundo o LiveScience.

Os pesquisadores encontraram tijolos, pedras, pedaços de telha, argamassa e uma vala de fundação em uma área próxima à cidade de Schlatt. Além dos materiais que provavelmente compuseram a torre de vigia, o grupo de arqueólogos descobriu uma trincheira em formato de V próxima ao local onde a estrutura de observação já esteve de pé. Em cima desta trincheira, por sua vez, provavelmente havia uma paliçada de madeira(que é uma cerca feita de estacas enfileiradas). 

No mesmo sítio arqueológico, também foram desenterrados um pedaço de um cinto militar e uma moeda romana cunhada durante o governo do imperador Constantino I, que comandou o Império Romano entre 306 e 336 d.C. O local das descobertas foi encontrado em janeiro de 2023, segundo especialistas do escritório de arqueologia do cantão da Turgóvia.

Torre de vigia

Por que os romanos construiriam uma torre militar no norte da Suíça? Segundo os pesquisadores, o objetivo da construção seria a instalação de um sistema de informação e observação que podia alertar as cidades e povoados sobre movimentações na área, principalmente aquelas que pudessem representar possíveis ameaças.

A fronteira do norte do Império Romano foi muito atacada por povos como os godos, os vândalos e os hunos, que além de invadirem Roma e seus territórios, também possuíam conflitos entre si.

Entre cinco e 15 pessoas devem ter vivido na torre de vigia, afirmou Hansjörg Brem, que é um dos arqueólogos envolvidos na escavação, em entrevista ao LiveScience. Outro detalhe é que provavelmente nem todas as pessoas morando na construção militar eram soldados, uma vez que evidências da região apontam para o fato dos militares viverem com suas famílias dentro das torres.