A coleção de retratos de múmias representa a primeira descoberta desse tipo em mais de 100 anos
Redação Publicado em 07/12/2022, às 13h29 - Atualizado em 09/12/2022, às 11h10
Uma equipe de pesquisadores que trabalha no sítio arqueológico de Gerza, em Fayum, no Egito, descobriu um enorme edifício funerário datado de 303 a.C até 476 d.C., eras ptolomaica e romana. Entre os artefatos encontrados, estão uma coleção de retratos de múmias, que representam a primeira descoberta desse tipo em mais de 100 anos. É mais uma das grandes curiosidades a respeito da civilização que prosperou às margens do Nilo.
A vila de Gerza, onde são realizados os estudos, foi estabelecida no século 3 a.C. como uma região agrícola implementada pelo rei Ptolomeu II com o objetivo de garantir as fontes de alimentos para o reino egípcio. O local era habitado por egípcios e gregos.
O achado dos retratos das múmias foi feito durante a décima temporada de escavação da missão arqueológica, sendo considerado um dos mais importantes, segundo informações da Revista Galileu.
De acordo com declarações de Mostafa Waziri, Secretário Geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, em comunicado à imprensa, a análise dos retratos mostra ainda a diversidade na precisão e qualidade do processo de mumificação durante as eras históricas.
Os pesquisadores encontraram a tumba subterrânea, que foi construída com piso feito de argamassa de cal colorida e decorado com azulejos, em 2016. Dentro das câmaras funerárias, havia caixões de madeira esculpidos em letras egípcias e gregas antigas, além de seis enormes túmulos de tijolos de barro que representam valas comuns no estilo de catacumbas.
Durante as pesquisas, também foi encontrada uma rara estátua da deusa Ísis Afrodite e registros feitos de papiro com inscrições em escrita demótica e grega, indicando as condições sociais, econômicas e religiosas dos habitantes da região naquele período.
