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Matérias / Brasil

A atriz brasileira que matou o próprio marido: O que aconteceu com Dorinha Duval?

Ela passou duas décadas na televisão, até que um dia seu rosto saiu em uma parte diferente do jornal: a dos crimes

Ingredi Brunato Publicado em 22/12/2020, às 19h00

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Fotografia de Dorinha Duval em novela - Divulgação
Fotografia de Dorinha Duval em novela - Divulgação

Dorinha Duval teve uma carreira extensa como atriz. A paulista começou ainda adolescente, nos teatros (onde foi vedete, isso é, atriz principal dos espetáculos) e radionovelas. Depois, acabou na televisão, onde participou de uma sólida lista de produções, incluindo três das novelas brasileiras com maior sucesso de todos os tempos. 

Também vale dizer que passou por diversos canais: Tupi, TV Excelsior (ambos já extintos), e então, a famosa Globo, onde ficou por mais tempo, trabalhando em 16 projetos diferentes ao longo de sua vida. Ainda esteve presente durante períodos de transição importantes, por exemplo atuando não só na última novela em preto e branco da Globo, como também na primeira em cores. 

Após cerca de duas décadas nas telinhas, todavia, Dorinha teve sua vida pública abalada por uma crise de cunho pessoal. A amada atriz, então com 51 anos de idade, havia cometido um assassinato. O crime, além de chocar os muitos telespectadores que acompanhavam o trabalho da mulher, acabou rendendo-lhe uma pena de seis anos de prisão.

O publicitário Paulo Sérgio Alcântara, que era 16 anos mais novo que a estrela da Globo, esteve casado com Duval por seis anos — período durante o qual abusou verbalmente da atriz em diversos momentos —, frequentemente direcionando suas ofensas à idade mais avançada da esposa. A chamava de “flácida”, e dizia que iria se divorciar para ficar com uma mulher mais nova. 

Um dia, todavia, uma discussão do casal acabou sendo a última quando Dorinha, desestabilizada pelo cansaço e a raiva causados pelas palavras abusivas, atirou três vezes no marido, terminando por causar sua morte. 

Vida após a prisão 

Fotografia de Dorinha Duval pintando / Crédito: Divulgação

Duval cumpriu seus seis anos de pena em regime semiaberto. Depois da prisão, quando foi afinal liberada de volta à sociedade, decidiu que já não trabalharia como atriz, preferindo manter-se longe dos holofotes. 

A paulista trocou o brilho expansivo das artes cênicas pela introspecção das artes plásticas, e tem passado os anos dedicando-se à pintura e à escultura. Um outro interesse dessa sua nova fase da vida também é o esoterismo, que é um termo guarda-chuva para uma série de interpretações filosóficas e tradições ligadas à espiritualidade. 

Outro projeto no qual a ex-atriz trabalhou após conquistar sua liberdade foi um livro autobiográfico chamado "Em Busca da Luz - Memórias de Dorinha Duval”, onde abriu seu coração, contando sobre alguns dos períodos mais difíceis de sua vida. 

Dorinha Duval no canto esquerdo de foto postada por Nelson Freitas / Crédito: Divulgação 

Ela revelou, por exemplo, que precisou lidar com o trauma de um estupro quando tinha apenas 15 anos de idade. Também acabou passando necessidade durante a juventude, o que fez com que a prostituição se tornasse uma opção na busca pela sobrevivência. 

Não é porque Dorinha deixou seu passado nas telinhas para trás, todavia, que foi esquecida. Em 2006, o capítulo final da novela “Belíssima”, da Globo, organizou uma homenagem a algumas ex-vedetes famosas, com Duval inclusa. 

Em 2018 a senhora voltou à mídia novamente após o ator e humorista Nelson Freitas, conhecido por sua participação no programa Zorra Total, organizar um evento com atores veteranos. Atualmente, a paulista aposentada tem 91 anos de idade.


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