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Matérias / Segunda Guerra Mundial

Abdol Sardari: a saga do iraniano que salvou inúmeros judeus dos nazistas

O diplomata salvou inúmeras vidas durante a Segunda Guerra Mundial

Giovanna Gomes Publicado em 13/01/2021, às 17h46

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O cônsul salvou inúmeras vidas de judeus - Divulgação
O cônsul salvou inúmeras vidas de judeus - Divulgação

Muitos conhecem a história de Oskar Schindler, o alemão membro do partido nazista que salvou mais de mil judeus do Holocausto. Entretanto, ele não foi o único grande herói a salvar vidas durante o período.

O cônsul iraniano Abdol Sardari salvou inúmeros judeus ao emitir passaportes iranianos e alegando falsamente aos nazistas que eles pertenciam a uma minoria iraniana que era etnicamente 'ariana'.

Para contar ao mundo acerca da história de Sardari, a cineastaMahdieh zare Zardiny produziu o filme Sardari's Enigma , de 2019, no qual estão presentes diversos momentos da vida do cônsul, em especial, seus atos de heroísmo a partir de 1940, quando os alemães dominaram a França. As informações são do The Times of Israel.

Conquistando os alemães

Abdol Sardari realizava grandes festas na embaixada iraniana em Paris. Era a partir delas que ele conquistava a opinião favorável dos alemães. Assim, ele emitia passaportes falsos para os judeus que lá se encontravam.

Adolf Hitler / Crédito: Wikimedia Commons

Para judeus que não eram iranianos, o diplomata além de fornecer cidadania iraniana, também determinava um local de nascimento 'fictício'.

Contudo, não eram todos os nazistas que se convenciam das declarações de Sardari. O muito conhecido Adolf Eichmann era um deles. Como consequência, no ano de 1942, o cônsul perdeu sua proteção diplomática e o governo iraniano ordenou que ele voltasse ao seu país. Porém, ainda que não tivesse mais a autoridade de diplomata, Sardari continuou em Paris ajudando judeus.

Campo de concentração de Auschwitz, um dos locais para onde os judeus eram enviados / Crédito: Wikimedia Commons

Segundo Fariborz Mokhtari, autor de "Na Sombra do Leão: O Schindler iraniano e sua pátria na Segunda Guerra Mundial", é estimado que ele tivesse sido responsável por salvar entre 2.000 e 3.000 vidas.

Após a Guerra

Com o fim da guerra, Paris foi libertada e o Holocausto havia chegado ao fim. Porém, mais tarde, em 1979, o cônsul se viu diante de uma grande ameaça: a Revolução Iraniana, movimento que acabou com o regime monárquico no Irã e instaurou uma república islâmica teocrática.

“Durante a revolução, algumas das propriedades de Sardari foram tomadas pelo governo iraniano", disse Zardiny. "Todos lhe disseram: 'O Irã está indo atrás de você. Eles executaram seu sobrinho. Talvez eles estejam atrás de você".

Temendo por sua vida, Abdol Sardari passou a viver em Nottinghan, na Inglaterra, onde permaneceu até sua morte em 1981.

Khomeini, líder espiritual e político da Revolução Iraniana de 1979 - Crédito: Getty Images

Por que não é reconhecido?

Segundo Joel Zisenwineo, então diretor do departamento dos Justos entre as Nações no Yad Vashem (Museu do Holocausto), em declaração dada ao The Times of Israel, “O caso de Abdol Hossein Sardari é conhecido pelo Yad Vashem e a Comissão para a Designação de Justos entre as Nações”. Contudo, a documentação existente seria insuficiente para que ele fosse reconhecido.

Zisenwine acrescentou: “Relatos em primeira mão de sobreviventes fornecendo detalhes sobre as circunstâncias do resgate e documentação relativa ao resgate estão entre os critérios básicos necessários para serem reconhecidos como Justos entre as Nações”.

Entretanto, outras instituições como a Simon Wiesenthal Center, localizada em Los Angeles e outras instituições judaica homenagearam Sardari postumamente.


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