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Matérias / Reino Unido

Enigma de 70 anos: A mulher que descobriu a identidade da pessoa que visitava o túmulo de seu irmão

No Reino Unido, a saga de Ann Kear só foi solucionada com a ajuda de uma repórter em 2017

Giovanna Gomes Publicado em 22/10/2020, às 12h41

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Ann Kear no túmulo do irmão - Reprodução/Youtube/BBC
Ann Kear no túmulo do irmão - Reprodução/Youtube/BBC

Uma mulher britânica chamada Ann Kear tentou desvendar um grande mistério que perdurou por décadas. Durante 70 anos, alguém visitou o túmulo de seu irmão, KarlSmith, que morreu em 1947 quando tinha apenas doze anos. Ao longo de todos esses anos, apareceram flores, poemas, entre outras homenagens no local em que ele foi enterrado, o que fez com que Ann ficasse muito intrigada com o fato e buscasse descobrir sua identidade.

A morte do irmão

Em agosto de 1947, Karl estava com um grupo de escoteiros na praia de Oxwich VayKarl, no País de Gales. O líder havia saído para comprar comida e os garotos resolveram nadar. No entanto, nem todos voltaram para a areia: Karl se afogou e, infelizmente, não sobreviveu ao ocorrido.

Karl Smith - Crédito: Reprodução/BBC/Arquivo pessoal

A mulher tinha apenas sete anos na época do acidente e não se lembra muito do irmão. "Minha mãe me disse que, quando ele morreu, uma lágrima correu pela minha bochecha. E eu disse a ela: não importa o que aconteça, mãe, vamos vê-lo novamente algum dia!", declarou em entrevista à BBC.

Porém um fato que deixou Ann intrigada foi que por 70 anos apareceram flores, poemas, presentes, entre outras homenagens a Karl. Ela afirmou já ter encontrado, inclusive, uma espiga de milho, uma pena de faisão e mensagens com o nome do irmão. Diante do mistério, Ann sempre quis descobrir quem era o visitante enigmático.

As buscas

A senhora declarou que sempre tentou entrar em contato com a pessoa que levava homenagens ao túmulo do irmão. "Deixei uma mensagem para a pessoa perguntando se poderia falar com ela. Deixei também um recado na igreja para ver se alguém se manifestava, e nada", afirmou à BBC, que desvendaria o mistério. Ela também escreveu artigos, contou a história para a imprensa britânica e participou de vários programas de rádio, sem sucesso. 

Buscando informações nos arquivos do condado de Gloucestershire, ela encontrou uma lista das crianças que estiveram com o irmão no dia do acidente. Porém ninguém ao menos sabia em que local Karl havia sido enterrado.

Tudo começou a mudar em 2017, quando Camila Ruz, uma repórter da BBC, decidiu levar um dos poemas encontrados no túmulo do menino a um especialista em poesia sobre morte e luto.

O professor da Universidade de Durham, Stephen Regan afirmou que um deles havia sido escrito por um autor do século 19 chamado Robert Stephen Hawker, o qual frequentou a mesma escola que o irmão de Ann, a Chentelham.

Com essa informação, passou-se a acreditar que pessoa misteriosa poderia ser algum colega da escola de Karl. No entanto, não foi o suficiente para descobrir a verdade.

A resposta

Observando a lista das pessoas que compareceram ao enterro, a repórter conseguiu localizar um homem de 84 anos chamado Ronald Westborough, que presenciou o momento da morte do garoto. Ele concordou em se encontrar com Ann e afirmou que "visitava o túmulo com bastante frequência", na verdade, em quase todos os anos.

De acordo com Westborough, ele e Karl se conheceram no grupo de escoteiros, sendo que o irmão de Ann era seu amigo mais próximo. Também declarou ter compartilhado sua barraca com o menino na noite anterior à sua morte.

Ronald ainda afirmou que voltou para água ao perceber que Karl não havia saído de lá com os demais meninos, onde o encontrou de cabeça para baixo. Ele conseguiu levar o garoto para a areia com a ajuda de outro escoteiro, mas já era tarde demais. "Coisas assim ficam para sempre na sua cabeça. É horrível", explicou ele a Ann.

"Fiquei muito comovida com isso", respondeu a mulher. "É muito bom saber que existe alguém aqui com quem eu ainda posso falar sobre isso. É um prazer imenso conhecê-lo."

No entanto, o mistério foi desvendado apenas parcialmente, pois Ronald declarou que levava flores para Karl, mas não os demais presentes. 


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