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Matérias / Comunismo

O episódio que dividiu o mundo: a construção do Muro de Berlim

No contexto da Guerra Fria, o mundo se encontrava polarizado entre capitalismo e comunismo. O muro foi uma representação física e concreta dessa divisão

Redação Publicado em 07/11/2019, às 08h00

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O muro que dividiu o mundo - Wikimedia Commons
O muro que dividiu o mundo - Wikimedia Commons

Em 13 de agosto de 1961, o governo da República Democrática Alemã, o estado socialista da Alemanha Oriental sob domínio da União Soviética, iniciou a construção que dividiu o mundo: o Muro de Berlim

Ao final da Segunda Guerra Mundial, a Conferência de Potsdam, em 1945, separou a derrotada Alemanha em zonas de ocupação pelos aliados. Os soviéticos, responsáveis pela derrota nazista no front oriental do conflito, ficaram com toda a parte leste do território germânico.

O oeste foi dividido entre Estados Unidos, Inglaterra e França. Era o início da Guerra Fria. Apesar da capital Berlim estar situada no território controlado pelos russos, ela também foi dividida, a exemplo do que ocorreu no resto do país.

O Kremlin impunha restrições severas à emigração em todas as repúblicas socialistas soviéticas. Em Berlim, no entanto, a fiscalização era mais complicada, afinal a fronteira entre capitalismo e comunismo era tênue, localizada na mesma cidade. Estima-se que aproximadamente 3 milhões de cidadãos deixaram a Alemanha Oriental antes de 1961.

Para conter o problema, o premiê soviético Nikita Khrushchev autorizou a construção da infame muralha, justificando-a como uma forma de proteger a Alemanha Oriental da ameaça fascista. Em 13 de agosto, as obras foram iniciadas e logo a Berlim Ocidental estava completamente cercada pelo muro, tornando-se um exclave aliado no território comunista.

Com 155 quilômetros de extensão, o muro foi o maior símbolo da divisão e polarização do mundo durante a Guerra Fria. Diversos obstáculos como cercas de arame farpado, fossos e espinhos foram adicionados pelo governo comunista para tornar a passagem ainda mais difícil.

Os soldados, estacionados no lugar, eram autorizados a usar a força para impedir qualquer transgressão, e cerca de 200 pessoas morreram tentando cruzar o muro ao longo de seus 28 anos de existência.

Foi palco de shows e discursos históricos, como o de Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos, em 1987. Se referindo diretamente a Mikhail Gorbachev, secretário-geral do Partido Comunista Soviético e responsável por aberturas políticas e econômicas no país, Reagan proclamou: "Sr. Gorbachev, derrube este muro!".

Em 1989, com o bloco soviético ruindo, e influenciados pelas independências dos vizinhos Hungria e Polônia, muitos alemães buscavam a unificação de seu país. Em 9 de novembro, o Partido Socialista da Alemanha Oriental anunciou que as regulamentações acerca da imigração seriam afrouxadas, o que levou uma enorme multidão aos portões do muro imediatamente.

O muro tomado pelos alemães. Crédito: Reprodução

Os militares relutaram perante a quantidade de pessoas, principalmente porque ninguém queria dar a ordem para reprimir a manifestação. Naquela noite, sob forte comemoração de cidadãos de ambos os lados, a passagem foi liberada, derrubando, figurativamente, o muro.

Menos de um ano depois, a Alemanha Oriental deixou de existir, fundindo-se à sua contraparte ocidental. A demolição completa do muro só se deu em 1992, mas, naquela altura, já não fazia diferença. Depois de décadas, o país estava, novamente, unido.


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