'O Segredo da Família Greco' retrata a história macabra e teve sua estreia na última sexta-feira, 4, na Netflix
Éric Moreira, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 10/11/2022, às 17h40
'O Segredo da Família Greco' é uma nova série disponível no catálogo da Netflix, sendo uma coprodução mexicana e argentina. A série, por sua vez, é mais uma que se enquadra nas obras baseadas em acontecimentos reais, seguindo uma onda muito recorrente das produções mais recentes da plataforma.
De acordo com a sinopse, a série "mostra a história de uma família que parece perfeita, mas sequestra milionários para manter seu alto padrão de vida e status social". Confira a seguir a história da família Puccio, que inspirou a história da família Greco, retratada na produção da Netflix:
Os Puccio foram uma respeitada família que viveu em San Isidro, na Argentina, na década de 1980. Eles moravam em um bairro rico e parecia uma família típica composta por pai, mãe e cinco filhos — respectivamente, Arquímedes, Epifanía, Alejandro, Silvia, Daniel, Guillermo e Adriana. No entanto, secretamente sequestraram pessoas ricas, pedindo um resgate, e daí que vinha grande parte do dinheiro que sustentava e trazia tanto status social à família.
Composta por cinco filhos no total — diferentemente da série, em que a família Greco possui apenas quatro filhos —, somente dois dos filhos, Alejandro e Daniel, participaram dos crimes, ao lado do pai, Arquímedes.
Acredita-se que os criminosos da família Puccio começaram a sequestrar pessoas enquanto ajudavam o serviço secreto durante a Guerra Suja no final dos anos 70, quando a ditadura argentina sequestrou milhares de ativistas que se opunham aos líderes nacionais, de acordo com o Auralcrave.
Mais tarde, a família Puccio reaproveitou sua experiência de sequestro e estabeleceu sua atividade, ganhando dinheiro com os resgates. Eles sequestraram quatro pessoas e mataram três delas. Após a descoberta dos crimes, Arquímedes, Alejandro e Daniel foram presos, junto aos outros três cúmplices — Guillermo deixou a família e o país antes disso — em 1985, enquanto cobravam o resgate de sua vítima.
Como já mencionado, os crimes cometidos pela família Puccio ocorreram há consideravelmente não muito tempo, na década de 1980, há apenas quatro décadas. Apesar disso, alguns de seus membros já faleceram.
O pai, Arquímedes, e o filho mais velho, Alejandro, foram condenados à prisão perpétua. No entanto, o líder da família veio a falecer em 2013, aos 83 anos, vítima de um derrame; já o filho foi libertado ainda antes, em 2007, mas morreu logo em 2008, devido a uma pneumonia.
Daniel, o outro filho envolvido nos sequestros, cumpriu alguns anos de prisão, mas foi preso novamente em 2019, no Brasil, por portar documentos falsificados. Porém, ele foi apenas multado por isso e, em sequência, liberado.
Guillermo, como já mencionado, deixou a Argentina no início da década de 1980, ainda antes de acontecerem as prisões. Por isso, não se sabe nada sobre seu paradeiro, se está vivo e muito menos onde se encontra.
Por fim, Silvia, a filha mais velha, morreu de câncer em 2011, e os membros restantes conhecidos da família Puccio são Epifanía, a mãe, e Adriana, a filha mais nova, e moram até hoje na mesma casa em que os crimes foram cometidos, em San Isidro.
