O 'rei do rock' viveu em sua luxuosa mansão Graceland até sua morte, em 1977
Éric Moreira, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 24/09/2023, às 11h30 - Atualizado em 04/10/2023, às 16h59
A história da música se deparou com um grande ponto de virada quando, em meados da década de 1950, um jovem chamado Elvis Presley surgiu. Chocando a todos com seus passos de dança inusitados e ousados, além de um grande topete e um charme muito único, ele foi digno da alcunha pela qual é conhecido até hoje no mundo todo: 'rei do rock'.
Em meio a uma longa e gloriosa carreira, marcada por muito sucesso e, principalmente, uma série de controversas, Elvis chamou bastante atenção da mídia desde sempre, especialmente com suas extravagantes aquisiçõs provenientes do sucesso, que iam desde animais exóticos até sua famosa mansão: Graceland.
Localizada na cidade de Memphis, no Tennessee, Estados Unidos, hoje ela pode ser visitada por qualquer um, servindo como um museu em homenagem ao seu residente mais famoso: Elvis Presley. No entanto, desde o começo de 2023, com a morte de Lisa Marie — única herdeira do patrimônio do 'rei do rock', que se divorciou da mãe, Priscilla, em 1972 —, muitas questões em torno da propriedade vieram à tona e levantaram dúvidas sobre seu destino. Entenda!
Devido a uma fama repentina conquistada por Elvis, que sentiu-se rapidamente pressionado devido ao grande número de fãs e jornalistas que o seguiam em qualquer lugar, o músico buscou se isolar em uma propriedade mais afastada, em um estilo de fazenda. E foi assim que ele escolheu a Graceland.
Entretanto, seu estilo reservado era exclusivo às pessoas de fora: Graceland se tornou o próprio paraíso de Elvis. Em seu terreno, havia um grande celeiro com um estábulo repleto de cavalos, além de vários outros tipos de animais — imagine que ele sempre mimou sua 'filhinha', Lisa Marie — e foi lá também que ele cuidou de Scatter, seu chimpanzé de estimação.
Já na área interna da mansão, os excessos também não foram poucos: lá dentro havia uma sala de jogos, uma "sala da selva" e um estúdio musical próprio. Isso tudo sem mencionar que a propriedade também serve como último recinto do 'rei do rock' e seus familiares, estando ali enterrados, além do próprio Elvis, seus pais, seu sobrinho Benjamin Keough — que cometeu suicídio em 2020 — e a filha, Lisa Marie.
Após a morte de Elvis em 16 de agosto de 1977, quando tinha apenas 42 anos, em decorrência de uma overdose de medicamentos, a propriedade e todos os bens do artista seriam herdados por sua filha, Lisa Marie. No entanto, como a pequena ainda era uma criança, com menos de 10 anos, os bens foram sempre mantidos sob posse da ex-esposa do músico, Priscilla — hoje com 78 anos.
Foi graças à ela, inclusive, que a fortuna do 'rei do rock' existe até hoje, tendo partido dela a ideia de tornar Graceland em um museu e o nome de Elvis em, basicamente, uma marca.
Depois que Lisa Marie morreu em 12 de janeiro de 2023, aos 54 anos, após sofrer uma parada cardíaca em sua residência, muito se discutiu sobre que destino Graceland encontraria. Uma hipótese muito levantada foi de que ela poderia ser dividida entre os três filhos de Lisa: Riley Keough, então com 33 anos, e as gêmeas Harper Vivienne e Finley, de 14 anos.
No mesmo mês, porém, a própria Priscilla e a neta, Riley, entraram em uma disputa judicial com relação ao fundo da família Presley, que incluía a mansão e mais alguns outros bens remanescentes, após os anos de dívidas contraídas por Lisa Marie. Foi somente em agosto deste ano que foi divulgado que as duas chegaram em um acordo, e Riley se tornou a única administradora dos bens de Lisa Marie, conforme apontado na época pelo Deadline.
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Com isso, Riley Keough também foi oficialmente reconhecida como proprietária do lendário rancho de Graceland, e passou a presidir os fundos das gêmeas Harper e Finley. Priscilla, por sua vez, foi nomeada "conselheira especial do fundo", e também terá direito de ser enterrada no mesmo recinto que seu ex-marido.
Hoje, a mansão segue funcionando como normalmente, servindo como museu para visitantes que queiram conhecer mais e observar objetos que realmente pertenceram ao 'rei do rock'. E assim a memória de Elvis Presley segue intacta, mantendo a glória de seu nome na música.
