Em questionário feito por jornal, 6 deles responderam quais são suas músicas, livros e filmes favoritos
Wallacy Ferrari Publicado em 17/09/2022, às 09h29
Em meio a uma eleição presidencial, a população brasileira conhece o perfil de seus candidatos por meio de propostas, opiniões e histórico de atuação política. Contudo, os gostos pessoais não ficam de fora.
Na última sexta-feira, 16, o jornal Folha de S. Paulo publicou as respostas de um questionário feito aos presidenciáveis sobre quais eram as obras de arte preferidas de casa um, possibilitando que enaltecessem um livro, filme ou música que tivessem apego afetivo.
Dos 10 candidatos que compõem o atual cenário de registros partidários para a próxima eleição, 6 deles devolveram o questionário preenchido ao veículo, com respostas variando de obras nacionais conhecidas até mesmo clássicos de Hollywood.
Três escolheram músicas como obras máximas de sua vida. Um exemplo é Felipe D'Avila (Novo), que enalteceu o compositor Vinícius de Moraes ao destacar a canção 'Eu Sei Que Vou Te Amar', acrescentando que a música o ajudou "a lapidar mais as palavras, a treinar o olhar para os detalhes e para os sentimentos".
Já o candidato Léo Péricles (União Popular) não teceu comentários sobre a escolha, mas elegeu 'Vazio', do sambista Roberto Ribeiro, como a canção de sua vida. Outro samba foi escolhido por Sofia Manzano (PCB); 'O Dia em que o Morro Descer e Não For Carnaval', de Wilson das Neves, que de acordo com ela, "tem a capacidade de condensar as principais contradições do capitalismo brasileiro: violento, segregador, excludente".
Simone Tebet (MDB) não se restringiu a uma única obra ou canção, estendendo o comentário ao jornal por diversas áreas da arte. Na música, considerou-se eclética e destacou a admiração de Elis Regina, Marisa Monte e Edith Piaf, além dos símbolos do rock como Elvis Presley, Freddie Mercury e a banda Legião Urbana, que considerou "imbatível no Brasil".
Simone aproveitou o espaço para enaltecer sua admiração por autores nacionais, citando Fernando Pessoa, Mário Quintana, Manoel Barros e ainda relembrando que, aos 9 anos de idade, sabia declamar 'O Navio Negreiro', de Castro Alves, na íntegra.
A candidata Soraya Thronicke (União) escolheu um livro específico como obra máxima, sendo ‘O Poder do Agora’, de Eckhart Tolle, que, de acordo com ela, proporcionou centramento e separar o "urgente do importante". Acrescentou no comentário sua frase preferida na obra: 'É necessário que as coisas acabem, para que as coisas novas aconteçam'.
Pablo Marçal (PROS) está registrado como candidato, mas não deve concorrer. Ainda assim, respondeu o questionário da Folha selecionando alguns livros, 'Pai Rico, Pai Pobre Livro' de Robert Kiyosaki, 'Inteligência Emocional', de Daniel Goleman, e os livros do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Pablo aproveitou espaço para eleger a obra de cinema que o influenciou na juventude, elegendo 'De Volta para O Futuro' e acrescentando a ideia de que "o futuro é feito pelas decisões do presente".
Simone também acrescentou seus filmes preferidos, afirmando ser fã das produções da Marvel, mas também citando duas obras que contam com a atriz Fernanda Montenegro: 'Central do Brasil', que rendeu a atriz uma indicação ao Oscar, e 'O Auto da Compadecida'.
'O Auto da Compadecida' também é a obra favorita de Vera Lucia (PSTU), levando em conta que, de forma lúdica, a produção usa a comédia para denunciar as dificuldades da vida sertaneja: "Ao mesmo tempo, questiona os serviços públicos, a forma como a Igreja serviu aos grandes capitalistas", afirmou a candidata.
Ciro Gomes (PDT), Constituinte Eymael (DC), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) foram os únicos que não responderam o questionário solicitado pelo veículo.
