Após a morte do marido da Rainha Elizabeth II, o título ficou vago, podendo ser repassado para algum descendente do falecido
Ingredi Brunato, sob supervisão de Alana Sousa Publicado em 12/04/2021, às 18h30 - Atualizado às 22h01
Na última sexta-feira, 9, a família real britânica e a Inglaterra como um todo foram abaladas pela notícia da morte do Príncipe Philip, marido da Rainha Elizabeth II, que tinha então 99 anos de idade.
"É com profunda tristeza que Sua Majestade, a Rainha, anunciou a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real, o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo. Sua Alteza Real faleceu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor”, informou a conta oficial dos monarcas.
Segundo repercutido pelo G1, no último domingo, 11, o Príncipe Andrews, que é filho do falecido e irmão de Charles, fez um comentário a respeito do que a morte de seu pai simboliza:
“É quase como se perdêssemos o avô da nação e sinto muito, apoio minha mãe, que provavelmente está sentindo isso mais do que qualquer outra pessoa", disse Andrew, também revelando que Elizabeth II estava sentindo “um grande vazio em sua vida” após a morte de seu marido.
Uma questão burocrática deixada em aberto pela morte de Philip, todavia, é para qual descendente seu vai o título de Duque de Edimburgo.
Como vários outros aspectos da vida dos membros da realeza, existem tradições específicas que ditam de que forma os títulos devem ser adquiridos. O ducado, em especial, costuma ser conferido àqueles que acabam de se casar, de acordo com o que foi repercutido pela revista Caras.
Foi o que ocorreu com o William e Harry, por exemplo, filhos do Príncipe Charles. Quando o primeiro oficializou sua união matrimonial com Kate Middleton, tornou-se “Duque de Cambridge”, e o segundo com Meghan Markle, virou “Duque de Sussex”.
Vale lembrar, todavia, que recentemente o filho mais novo de Diana cortou os laços formais com a monarquia inglesa, o que incluiu o abandono de seus títulos, de forma que ele não possui mais esse ducado.
Seguindo essa regra, portanto, seria natural concluir que o ducado deixado vago com a morte de Philip só será repassado para outro membro da realeza quando houver um casamento.
Porém, essa situação em especial possui uma exceção: o filho mais novo do antigo Duque de Edimburgo, o Príncipe Edward, não é duque, apenas conde, de forma que se torna o candidato mais provável a assumir o título do pai.
Para quem não é familiarizado com a hierarquia dessas posições, é importante mencionar que “conde” está dois níveis abaixo de “duque”, e o caçula de Philip acabou sendo o único entre seus irmãos a não conseguir ser honrado com um ducado.
Príncipe Charles, por exemplo, tem não só um, mas dois ducados: ele é Duque da Cornualha e Duque de Rothesay. O irmão do meio, o já citado Andrew, tem o ducado de York.
Assim, é provável que Edward seja o escolhido para o título do qual ele foi privado até então, herdando a posição de seu pai. Quando isso vai acontecer, todavia, é ainda um mistério - existe a possibilidade, por exemplo, desse repasse apenas ocorrer depois que Charles assumir o trono da Inglaterra, após a morte da Rainha Elizabeth II.
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