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Matérias / Personagem

Relembre a carreira de Henry Darrow, o eterno Zorro

O ator americano morreu no último domingo, 14, aos 87 anos, deixando uma legião de fãs e papéis marcantes

Alana Sousa Publicado em 17/03/2021, às 13h15 - Atualizado às 14h20

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Henry Darrow como Zorro em série de Tv - Divulgação
Henry Darrow como Zorro em série de Tv - Divulgação

Eternizado nas séries Zorro e The High Chaparral, o estimado ator Henry Darrow veio a óbito no último domingo, 14, aos 87 anos. A triste notícia foi confirmada por seu assessor de imprensa Michael B. Druxman um dia depois. A causa do falecimento ainda não foi confirmada.

Darrow era profundamente respeitado, principalmente pelo famoso personagem Zorro, o vigilante fictício. Sua falta já está sendo sentida, em publicação, o Screen Actor Guild (SAG) comentou sobre a partida do artista: “Honramos a carreira e as conquistas de Henry Darrow, o orgulho de Porto Rico e membro do Conselho do SAG de 1970 a 73. Nossas condolências vão para sua família. #Sagaftramember desde 1958”.

Uma carreira brilhante

Nascido Enrique Tomás Delgado Jiménez, em 1933, ainda adolescente, Henry voltou para a cidade de seus pais no Porto Rico. Por lá, frequentou uma faculdade antes de se mudar novamente para os Estados Unidos; dessa vez na Califórnia.

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Henry Darrow / Crédito: Wikimedia Commons

Continuou a estudar artes cênicas e selou o primeiro casamento, do qual gerou dois filhos. Seu sonho era ser ator, desde muito jovem se interessou pela atuação e escolheu Los Angeles para tentar fazer o desejo se tornar realidade.

O começo de sua carreira foi marcado por papéis pequenos, principalmente em peças de teatro e série de televisão. Apenas quando foi escalado para atuar em The Wonderful Ice Cream Suit que sua vida profissional passou por uma reviravolta.

O trabalho foi crucial para chamar a atenção de grandes produtores, entre eles o famoso David Dortort. Em uma entrevista ao site Classic Film & TV Café de Richard Armstrong, no ano de 2015, Darrow comentou sobre o primeiro encontro com o executivo.

“Eu disse: 'Gostaria de falar em espanhol e aprender a linguagem de sinais indiana'", relembrou Henry. “Eu disse, 'Estou pronto para ler para o papel'. E David Dortort respondeu: 'Você não precisa. Você conseguiu. Você nos convenceu'”. A conversa foi repercutida pela revista People.

Foi então que o artista conseguiu seu primeiro grande papel, interpretando Manolito Montoya na série The High Chaparral (1967-1971). O seriado foi essencial para colocar Darrow em outro patamar. A partir dele, outros papéis surgiram e sua reputação, aos poucos, foi se solidificando.

Durante a primeira temporada de Harry O, Henry fez o personagem Manny Quinlan, um policial — ainda na década de 1970. Cerca de 20 anos mais tarde, se aventurou também nas novelas, assim ganhou um Daytime Emmy Award em 1990 pelo papel de Rafael Castillo, em Santa Barbara, transmitida pela NBC.

Dentre tantos personagens e prêmios, talvez um se destaque nessa longa lista: Dom Alejandro de la Veja, o Zorro. Por três anos, de 1990 a 1993, Darow interpretou com maestria o herói mascarado, pelo qual é lembrado até hoje.

O ator Henry Darrow ainda ojovem / Crédito: Divulgação

Além das séries de TV

Sua influencia ia além das telinhas de TV. Fora dos olhos do público, mantinha um respeito por suas origens latinas e criou organizações para ajudar outros artistas, que assim como ele, enfrentava dificuldades na indústria americana.

Em 1972, fundou juntamente com Carmen Zapata e Ricardo Montalbán, o Comitê de Minorias Étnicas do Screen Actors Guild. O objetivo era nobre: auxiliar latinos a conseguirem papéis não estereotipados da cultura.

Henry também fazia parte do SAG-AFTRA, um sindicato americano de Artistas de Televisão e Rádio, representando sua comunidade perante a sociedade americana. Era claro que ele buscava ter um impacto social, além do artístico.

Assim, sua morte foi marcada por tristeza e, quase na mesma medida, homenagens de colegas de trabalho e fãs. Seu último trabalho foi em 2012, quando atuou no filme Soda Springs. Por fim, a saudade irá ficar; como falou Druxman, o mundo sentirá sua falta.


Nota da redação

**Errata: Por um erro técnico da redação, a imagem do filme Zorro de 1998 (que deveria estar dentro da matéria) acabou sendo inserida na capa da reportagem. O conteúdo foi alterado.


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