Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Queen

Símbolo cultural do século 20: Conheça a trajetória completa do Queen

O conjunto musical de Freddie Mercury marcou gerações ao misturar melodias complexas com letras enérgicas

Gabriel Ferreira | @santanagabriel Publicado em 14/08/2022, às 12h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Integrantes do Queen na capa do single "I Want It All" - Divulgação / Parlophone
Integrantes do Queen na capa do single "I Want It All" - Divulgação / Parlophone

Um dos grandes fenômenos da história da música é a banda Queen. Sucesso que é reverberado até os dias de hoje e isso pode ser comprovado pelo fato da banda continuar relevante mesmo com mais de 50 anos desde o início das atividades do grupo. Contudo, a trajetória da banda teve um início de pouco estrelato, quando os membros ainda concluíam a graduação. 

Em 1968, em Londres, na “Imperial College" surgiu a banda “Smile” com Tim Stafell e Brian May, tudo em um tom universitário. Nesse início, eles precisavam de um baterista, e por meio de um anúncio que colocaram na universidade, acabaram escolhendo Roger Taylor

No ano seguinte, a Smile conseguiu assinar com a Mercury Records. Só que em 1970, Tim Stafell abandona a Smile, assim Freddie Mercury é convidado a entrar na banda por Brian e Rob. Com isso Freddie muda o nome da banda para Queen. 

Freddie Mercury nasceu com o nome Farrokh Bulsara, em Zanzibar, na costa leste da África. Aos 8 anos a família o enviou para a “St. Peter´s Church of England School”. Por lá os professores começaram a chamá-lo de Freddie. Depois o artista voltou para sua cidade natal com a família. 

Com o fim do domínio colonial britânico, ele acaba se mudando para a Inglaterra, assim até chegar ao Queen, que até aquele momento ainda era conhecido como “Smile”. A formação ficou completa com a entrada do baixista John Deacon, em 1971, que entrou na banda com apenas 19 anos, sendo o mais jovem integrante do grupo.

Primeiro disco

Após muitas tentativas e ensaios, em 1973 eles conseguem gravar e lançar o primeiro disco da banda, chamado “Queen”. Diante disso é feito um acordo entre as gravadoras Trident e Emi, os músicos iniciaram uma turnê, em que eles abriam os shows da banda “Mott The Hoople”. 

Só que a irreverência do Queen já se mostrava tão forte que eles roubavam a cena nessas apresentações. Vale ressaltar que apesar de Freddie Mercury ter o maior destaque, todos na banda tinham a sua importância e cada um demonstrava a sua personalidade nas canções. 

Brian, por exemplo, tinha seu próprio toque de guitarra diferenciado, misturando técnicas complexas com irreverência. Já Roger Taylor, que além da bateria também fazia backing vocal nas músicas, trazia seu agudo potente nas canções. Como compositor, John Deacon foi responsável por assinar grandes sucessos da banda. Por fim, Freddie surpreendia com toda sua desenvoltura e alcance vocal, sendo o toque especial do Queen e tendo um diferencial de todas as bandas daquele momento.

Em 1974, eles lançaram “Queen II’”. O álbum conquistou a quinta posição entre os discos mais ouvidos do Reino Unido. Com o êxito do trabalho conseguiram iniciar a primeira turnê como atração principal. Só que a turnê acabou sendo cancelada, porque Brian May contraiu hepatite. 

No mesmo ano, a banda acabou lançando outro disco, dessa vez chamado “Sheer Heart Attack”, que foi um sucesso mundial, depois resultando em uma turnê com muitas apresentações, algumas até com dois shows no mesmo dia em lugares diferentes. 

A banda conquistou, ainda, o sucesso mundial em 1975 com o icônico “Night at The Opera”. Disco que mistura o rock com a música clássica. Deste trabalho surgiu o grande sucesso “Bohemian Rhapsody”. Para vocês terem ideia do tamanho do sucesso, a gravadora “EMI” fez um investimento milionário na turnê do grupo.

Já no ano de 1976 foi a vez de “A Day at the Races”, trabalho que resultou no hit “Somebody to Love", faixa mais conhecida do disco. E o sucesso não parou por aí, porque em 1977, o Queen lançou “News of the World” com os singles de destaque “We Will Rock You” e “ We Are The Champions”. Canções que ainda são tocadas à exaustão ao redor do mundo.

Presença de palco

A banda ficou marcada, ainda, pela interação que tinha com a plateia, feito até então raro em outras bandas.Só que por outro lado, as turnês do Queen também ficaram conhecidas pelas polêmicas, visto que a banda aceitava tocar em países de regime ditatorial e racista. Ato que deixou a imagem do grupo como apoiadores desses movimentos. 

Entre os locais polêmicos está Buenos Aires, na Argentina, que na época o país estava em regime ditatorial. A situação foi ainda pior na África do Sul. Naquele momento, o local estava dominado pelo Apartheid e apresentações por lá não eram bem vistas para a ONU. O próprio Brasil, durante a primeira passagem da banda, em 1981, ainda estava sendo administrado pelo governo militar.

Mas o ritmo frenético de lançamentos e turnês mundiais continuaram a todo vapor. No ano de 1978, foi lançado o álbum “Jazz”. E uma das grandes faixas do disco, sem sombra de dúvidas, é "Don't Stop me Now”. Durante a turnê, foi gravado o primeiro álbum ao vivo da banda, o “Live Killer”, trabalho que traz o registro dos grandes sucessos do grupo. Já nos anos 1980, o Queen começou a lançar trabalhos com sonoridade mais voltados ao pop, como o álbum “The Game”, com destaque para “Crazy Little Thing Called Love'', com composição de Fred Mercury. 

No mesmo ano, gravaram também a trilha sonora de “Flash Gordon” no mesmo ano. Nessa época, Freddie Mercury começou a sentir mais a mudança dos fãs e até mesmo a sofrer com a homofobia. Contudo, a fase pop do Queen continuou com muito êxito. Em 1982 eles lançaram o álbum “Hot Space” que trouxe uma faixa chamada “Under Pressure", parceria marcante da banda com David Bowie

Dois anos depois, eles gravaram o disco “The Works’, trabalho que projetou ainda mais a banda e trouxe hits radiofônicos, como “I Want to Break Free”. Em paralelo a isso, os integrantes mesclaram pausas em apresentações para lançarem projetos solos, incluindo Freddie, que apostou em canções próprias e até parcerias com cantores eruditos.

Perda do vocalista

Já em 1990, as coisas começam a desandar na saúde de Freddie Mercury, o que acaba ficando mais visível com o passar do tempo. Nos últimos meses de vida, o cantor já andava mais recluso e com dificuldades de locomoção. Só admitiu publicamente que era soropositivo na véspera de sua morte. Na época, ele revelou que guardou o segredo para proteger a sua privacidade e a de todos ao seu redor. 

Para a tristeza dos fãs, amigos e familiares, Mercury veio a falecer no triste dia 24 de novembro de 1991, aos 45 anos de idade. Na ocasião, o artista estava em em casa, na zona oeste de Londres, na Inglaterra, ao lado da família. O velório e a cremação aconteceram dois dias depois da confirmação do falecimento.

No ano de 1995 foi lançado um álbum póstumo, intitulado “Made in Heaven”, com gravações inéditas de Freddie Mercury. Mesmo assim, o legado do conjunto continua através de Roger Taylor e Brian May. Por algum tempo, Paul Rodgers foi vocalista da banda, mas desde 2012 o cantor Adam Lambert acompanha os músicos em turnês. 

Estima-se, ainda, que o Queen já tenha vendido mais de 200 milhões de cópias com sua discografia ao redor do mundo. Já em 2018, foi lançado o filme que conta toda a trajetória da banda “Bohemian Rhapsody”, título da provável canção mais ouvida do grupo. O longa é protagonizado por Rami Malek, no papel de Freddie Mercury

Contudo, apesar do sucesso de bilheteria e das vitórias no Oscar, o filme divide opiniões e recebeu muitas críticas negativas, principalmente de informações que divergem da história Queen. Mas fato é: O legado do Queen é inestimável e seus integrantes marcaram a história da música!


+O site Aventuras na História está no Helo! Não fique de fora e siga agora mesmo para acessar os principais assuntos do momento e reportagens especiais. Clique aqui para seguir.