O melancólico fim da baleia encalhada no rio Tâmisa, em Londres

No último domingo, 9, um filhote de baleia da espécie minke acabou ficando preso no rio Tâmisa, em Londres.

Eram 14h00 no horário local quando moradores que passavam pelo local notaram a presença do animal e comunicaram os especialistas em mamíferos marinhos da British Divers Life Rescue.

Tentativa de resgate

Conforme repercutiu o portal de notícias UOL, também equipes do Porto de Londres, do Royal National Lifeboat e da brigada de incêndio de Londres participaram do resgate do filhote.

Muitas pessoas que passavam pela região acabaram realizando diversos registros da operação, amplamente divulgada nas redes sociais.

O morador local Daniel Magee, que acompanhou a ação dos profissionais, declarou à CNN que, de início, pensou que se tratasse de uma foca. "Vimos um grupo de espectadores parados, olhando, fomos atrás e vimos, no começo deste ano, uma foca, o que já é incomum. Então pensamos que poderia ser a mesma foca", disse Magee. 

No entanto, prosseguiu ele, "à medida em que nos aproximamos, vimos uma barbatana, aí eu percebi que era uma baleia. Alguns guardadores de eclusas jogaram água nela com mangueiras até que a maré subisse para que ela pudesse se virar. Percebi que a baleia poderia se machucar ao tentar rolar e se debater."

Estado preocupante

O resgate se revelou mais difícil do que muitos poderiam imaginar. Já era madrugada de segunda-feira quando as equipes finalmente conseguiram desbloquear o mamífero. A princípio, ele nadou para uma área mais profunda do Tâmisa. Porém, em vez de ir em direção ao mar, o filhote começou a subir o rio.

Uma porta-voz do Royal National Lifeboat Institute (RNLI) afirmou que a baleia, que media entre três e quatro metros de comprimento, mostrou um "comportamento preocupante", de modo que os especialistas passaram a temer "que ele não estivesse bem de saúde."

Uma triste notícia

Infelizmente, após tantas horas de esforço, o animal acabou ficando extremamente debilitado. 

"O estado da baleia se deteriorou nos últimos 45 minutos em que estivemos com ela", disse a coordenadora nacional de resgate da British Divers Marine Life Rescue (BDMLR), Julia Cable. "Não estava respirando bem e não teria sobrevivido por muito mais tempo", acrescentou. Portanto, era necessário sacrificá-lo.

Em seguida, Cable explicou que veterinários do Zoológico de Londres aplicaram uma anestesia reforçada no animal, encerrando seu sofrimento.

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