Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Testeira

Sangue, vilão e susto: filmes de terror tem uma fórmula?

O Halloween está em todos os lugares, e vamos falar sobre tudo o que consolida uma boa história de horror e dar dicas dos lançamentos para a data

Daniel Bydlowski, cineasta Publicado em 30/10/2021, às 08h00 - Atualizado em 24/07/2022, às 18h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
O Vilão Michael Myers - Divulgação
O Vilão Michael Myers - Divulgação

Sabemos que a festa pagã é realizada desde o século 18 pelos povos celtas, para celebrar e homenagear o “Rei dos Mortos” e há más línguas que dizem até que se previa a data da morte das pessoas durante as festas.

Desta tradição, de doces ou travessuras junto à sensação de que espíritos malignos saem às ruas na data, surgiram os filmes que mostram muitas crueldades vivenciadas pelas vítimas feitas pelos vilões.

Eu procurei muito qual foi o primeiro filme com enredo na noite de Halloween, e o registro mais antigo que achei, foi o ‘Palhaço Assassino’, de 1976, em que o, hoje, reinventado It aparece pela primeira vez.

Crédito: Divulgação/Paramount Pictures

Seguido, veio a produção ‘Halloween com a Nova Família Addams’, de 1977, com uma noite bem maluca. E mais uma curiosidade, o primeiro filme de terror foi ‘Le Manoir du diable’ (A Mansão do Diabo), em que um homem entra na casa do diabo e é tomado por alucinações malucas, o que hoje seria piada, mas na época, em 1896, era assustador ver a personificação do sete peles nas telas.

Existe fórmula?

Mas a pergunta que quero trazer nesta reflexão sombria é: existe fórmula para os filmes de terror? Fica um pouco óbvio falar que é tudo aquilo que reúne sangue, suspense seguido de susto e uma pitada de realismo.

Neste último ingrediente, podemos até pensar naquelas produções que trouxeram casos reais como o ‘Massacre da Serra Elétrica’, afinal, assistir a um homem passando a serra em todo mundo e imaginar que ele existiu é de fato aterrorizante.   

Crédito: Divulgação/Bryanston Pictures

O primeiro passo, quando pensamos em criar um filme de terror, é criar um vilão. Mas não basta ser mau e matar todos a sua volta, ele realmente precisa de uma história. Se pensarmos nos assassinos de ‘Pânico’ e ‘Halloween’, isso nos traz uma dúvida: qual te traz mais medo, ou até mesmo uma pitada de empatia? Qual é o de mais sucesso?

Crédito: Divulgação

A construção de Michael Myers deu ao filme homônimo à comemoração um toque de narrativa empática.

Ele não sai matando estudantes sem precedentes, sua história carrega uma dor, depois de assassinar sua irmã e ser internado, esse contexto o transformou no mau em estado puro. Ele tem uma história, tem um relacionamento com a família, podemos ver isso em ‘Halloween Kills’.

As cenas impactantes que marcam o público, viram memes e, até mesmo, são reproduzidas de forma leve em outras produções, são uma boa pedida.

Quem não lembra da faca icônica apontada à moça loira em ‘Psicose’? Ou mesmo o rosto enlouquecido de um perseguidor em uma porta que sofreu machadadas, como em ‘O Iluminado’? São cenas épicas, que marcam gerações e que após assistir, sempre pensamos que se acontecesse conosco, teríamos um infarto.

O sangue! Tarantino que o diga, são litros e litros, mas o ideal foi alcançando, em minha opinião, por Spielberg em ‘Tubarão’, ou seja, é suficiente para sentirmos medo, mas nem tanto para sentirmos nojo.

Modus operandi

Um ponto que deve ser minunciosamente preparado é o enredo, você pode contar com o fator susto, com todo aquele sangue e com uma mocinha bonita, mas a história é o que conta. Os personagens devem ter uma conexão mínima, o vilão um modus operandi e o restante dos personagens devem querer muito que aquilo acabe.

Os objetivos devem estar claros. Se for um filme de suspense, o fator surpresa deve ser o ápice, as investidas em realmente colocar na mente do público a pergunta “o que será que vai acontecer? Ele vai aparecer? Não quero tomar susto!”.

É como a sensação quando assistimos ‘Os Outros’. Já se o intuito é um slasher, com mortes, sangue, cortes e tudo que tiver direito, pois nunca é demais, um bom exemplo é ‘O Albergue’.

E dito tudo isso, não podemos esquecer aquilo que a maior parte do público gosta, uma abertura fantástica, já com direito a alguns dos elementos que adoramos em filmes de terror. 

Perfeito! Temos muitos fatores que podem fazer da produção um sucesso, como seria se juntássemos todos eles em um filme só? As cartas estão dadas, os aspirantes ou mesmo a velha guarda do cinema pode colher todas essas informações e começar. Cada toque dos grandes mestres fará de um longa tudo o que os aficionados por histórias sangrentas desejam.