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Desventuras / Tuntancâmon

85 anos sem Howard Carter: As anotações do homem que descobriu Tutancâmon

Considerado um dos maiores arqueólogos da história, Howard Carter foi responsável pela descoberta da tumba do faraó Tutancâmon

Redação Publicado em 02/03/2024, às 13h00 - Atualizado em 11/03/2024, às 18h24

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O faraó Tuntancâmon e o pesquisador Howard Carter - Pixabay e Wikimedia Commons, sob licença Creative Commons
O faraó Tuntancâmon e o pesquisador Howard Carter - Pixabay e Wikimedia Commons, sob licença Creative Commons

Em 1922, uma das maiores descobertas da História foi realizada no Egito. A tumba de Tutancâmon, conhecido nos livros como o “faraó menino” foi revelada ao mundo. O faraó faleceu quando ainda era uma criança, por isso ficou famoso com esse apelido. 

Quem realizou o valioso achado foi Howard Carter, um arqueólogo que passou décadas  cavando diversos pontos do Egito a fim de encontrar antigos túmulos. Muitas vezes, ele operava a mando do colecionador de antiguidades Lord Carnarvon, que contratou um dos principais especialistas para supervisionar suas escavações no Vale dos Reis, ao longo do histórico rio Nilo.

Porém, no mesmo ano, Carnarvon disse à Carter que financiaria a pesquisa somente por mais um ano e, após isso, a equipe do pesquisador “teria que limpar a sujeira” que foi feita no local ao longo dos anos. Entretanto, em 4 de novembro de 1922, foi revelada uma das mais ricas descobertas da arqueologia: a tumba de Tutancâmon.

Tumba do faraó Tuntancâmon - Getty Imagens

Os detalhes dessa descoberta foram anotadas por Howard em um diário, que teve suas páginas reveladas no livro ‘100 Documentos que Mudaram o Mundo’, de Scott Christianson, publicado em 2015. Confira abaixo alguns dos principais trechos.

Emoção

Conforme as palavras do diário, um fervor cresceu imediatamente em Carter no momento da descoberta. Rapidamente, Lord Carnarvon chegou ao local com sua comitiva para averiguar o espaço. Carter estava tremendo quando mostrou o túmulo do jovem faraó, repercute a Smithsonian Magazine.

No começo eu não conseguia ver nada, o ar quente escapava da câmara fazendo com que a chama da vela pisque”, escreveu Carter mais tarde, “mas, à medida que meus olhos se acostumavam com a luz, detalhes da sala emergiam lentamente da névoa, animais estranhos, estátuas e ouro – em todos os lugares o brilho dourado”.

Tuntancâmon foi um faraó que viveu durante a 18ª disnatia egípcia, governando entre 1332 e 1323 a.C. Ele assumiu o trono quando tinha entre 9 e 10 anos e morreu quando tinha em torno de 18 anos, o que torna sua história cada vez mais intrigante.

Howard Carter analisando a tumba do faraó menino - Domínio público

Com espanto, Carnarvon perguntou ao arqueólogo se ele conseguia ver algo e Howard somente disse: "Sim, coisas maravilhosas!". No local, eles descobriram o túmulo mais intacto e preservado no Vale dos Reis.

Tesouro real

Depois de um ano e meio, a equipe adentrou a câmara funerária a fim de encontrar joias, mas quando o time abriu a tampa do sarcófago, se deparou itens ainda mais valiosos: um caixão com restos mumificados do reiTut.

Howard Carter e um trabalhador não identificado - Divulgação/Harry Burton/Griffith Institute/Oxford University

A imagem do deus Anúbis, encontrada dentro da tumba do “faraó menino”, foi replicada por Carter  de modo impecável, já que era um artista habilidoso.

No livro, Christianson disse que “ele tinha sido classicamente treinado em arte”. "Ele era muito conhecedor sobre pintura, desenho, escultura [...] e, na verdade, um desenhista bastante habilidoso.", continuou.

Inclusive, as medidas de cada artefato encontrado no túmulo foram anotadas detalhadamente.

Ele queria retratar com precisão a localização e o estado dos objetos que encontrou", explica Christianson.
Uma das anotações feitas por Carter - Divulgação

Diferença entre fins

A descoberta em questão foi comemorada pelo mundo todo e transformou Carter em uma celebridade da arqueologia. Já seu parceiro, ou melhor, empregador, Lord Carnarvon não teve tanta sorte, já que, enquanto estava no Egito, foi picado por um mosquito e essa picada infeccionou. 

Três semanas depois, o homem faleceu — o que foi atribuído por jornalistas como morte causada pela “maldição da múmia”, um mito muito famoso acerca de uma 'maldição mortal'.