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Desventuras / Museu do Ipiranga

Museu do Ipiranga: Do projeto que impressionou Dom Pedro II a restauração

Após quase dez anos fechado, o Museu do Ipiranga reabre suas portas com o dobro da área construída, além do restauro e da modernização do acervo e do edifício

Izabel Duva Rapoport Publicado em 06/09/2022, às 10h31

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Registro antigo e atual do Museu do Ipiranga - DIOGO MOREIRA/DIVULGAÇÃO GOVERNO DE SÃO PAULO; ACERVO MUSEU PAULISTA DA USP; ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL
Registro antigo e atual do Museu do Ipiranga - DIOGO MOREIRA/DIVULGAÇÃO GOVERNO DE SÃO PAULO; ACERVO MUSEU PAULISTA DA USP; ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL

Inaugurado oficialmente em 7 de setembro de 1895, o Museu Paulista da Universidade de São Paulo, mais conhecido como Museu do Ipiranga, foi concebido originalmente como um monumento à Independência e, até hoje, é um dos mais visitados da capital paulista.

Construído entre 1885 e 1890 a 5 quilômetros dos limites da cidade, numa época em que as casas eram em sua maioria de taipa de pilão, a obra imponente em alvenaria, de responsabilidade do arquiteto italiano Tommaso Gaudencio Bezzi, chamava a atenção.

Impressionado com o projeto, D. Pedro II chegou a ir até a casa do arquiteto para conhecer a maquete em gesso, com todos os detalhes da obra em 5 metros – a peça, hoje, faz parte da nova etapa de exposições do museu, inaugurada neste mês.

Foto tirada na área externa em 7 de setembro de 1912 

Ao longo das décadas, o lugar foi palco de festejos, sobretudo para celebrar a separação do Brasil de Portugal. O conceito dos jardins também foi criado por um profissional europeu, o paisagista belga Arsenius Puttemans, que celebrou seu projeto em 1909.

Poucos anos depois, porém, a paisagem recebeu um novo desenho, desta vez, feito pelo francês Félix Émile Cochet, cuja obra foi inaugurada em 1923.

DIOGO MOREIRA/DIVULGAÇÃO GOVERNO DE SÃO PAULO; ACERVO MUSEU PAULISTA DA USP; ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL

Restauro em cada detalhe

Além dos mais de 3 mil objetos do acervo, que estão passando ou já passaram
por restauração, o trabalho de conservação da equipe do museu passa também
pelos detalhes da refinada arquitetura do Edifício-Monumento.

Um estudo estratigráfico (ramo da geologia que estuda as camadas de rochas) e o processo de decapagem tornaram possível recuperar a cor original da construção do século 19, tanto nas fachadas quanto nas paredes, tetos e pisos internos.

DIOGO MOREIRA/DIVULGAÇÃO GOVERNO DE SÃO PAULO; ACERVO MUSEU PAULISTA DA USP; ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL

Dos 1.500 m² de ladrilho hidráulico franco-alemão, por exemplo, cerca de 1300 unidades são originais da construção, fornecidos pela fabricante alemã Villeroy & Boch – a empresa deu assistência aos restauradores brasileiros durante este serviço.

Outros 700 ladrilhos foram reproduzidos após vários testes de cor e substituídos, em respeito à memória de um lugar que é de todos nós.

O coração do imperador

A saga do coração de Dom Pedro I é relembrada no podcast 'Desventuras', apresentado pelo professor de História Vítor Soares. Confira abaixo!