Caso gera enormes contrapontos entre familiares de Hasib Omerovic e os agentes investigados; entenda!
Fabio Previdelli Publicado em 14/09/2022, às 18h37 - Atualizado às 18h38
Na Itália, a Procuradoria de Roma abriu uma investigação após uma denúncia feita por familiares de Hasib Omerovic, de 36 anos. O sujeito, supostamente, caiu da janela de sua casa após agentes invadirem o local no último dia 25 de julho. Deficiente auditivo, Hasib está em coma desde então.
Os pais do rapaz apontam que ele teria sido espancado por policiais antes de ser atirado pela janela; segundo testemunho da única pessoa que estava no local, a irmã mais nova de Omerovic — que também é deficiente auditiva. Os pais de Hasib e a irmã mais velha dele estavam fora na ocasião.
Conforme as apurações do caso, segundo informado pela agência ANSA, no dia anterior a abordagem, uma das irmãs do sujeito foi informada pelo dono de um bar que um vídeo publicado nas redes sociais mostrava Hasib sendo acusado de “importunação” por algumas mulheres. A publicação foi apagada logo depois, mas a família fez um print antes disso.
Tenham atenção com esse tipo de ser porque importuna todas as mulheres e é preciso tomar providências", dizia o texto que ainda tinha uma foto de Omerovic.
Pouco depois da abordagem no dia 25 de julho, por volta das 13 horas, a irmã mais velha do rapaz recebeu uma ligação de uma vizinha pedindo para que ela voltasse o mais rápido possível para casa.
É então que um agente toma as rédeas da conversa e aponta que Hasib foi levado a um hospital devido a um “braço quebrado”. Nessa altura, porém, ele já estava internado na UTI do Policlínico Gemelli com fraturas por todo o corpo.
A versão da família para o episódio é que o rapaz se assustou com a batida dos policiais na porta e se escondeu no quarto. Entretanto, os agentes invadiram o apartamento, o agrediram e depois o jogaram pela janela. A alegação é que Omerovic “estava causando problemas molestando jovens do bairro”.
Já os policiais dizem que a abordagem foi tranquila e que, quando estavam indo embora, ouviram a janela abrindo e ele se jogando. Um ponto fundamental é que a Procuradoria de Roma constatou que nenhum mandado havia sido expedido para investigar a casa de Hasib. Até o momento, oito policiais estão sendo investigados.
