Em “Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez”, a novelista Gloria Perez, mãe de Dani, revela que o papel do assassino de sua filha foi feito para Alexandre Frota
Fabio Previdelli Publicado em 02/08/2022, às 11h41
Na última semana, a HBO Max disponibilizou os episódios restantes de “Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez”, que narra detalhes do crime que abalou o Brasil em 1992. Na ocasião, o ator Guilherme de Pádua e sua esposa, Paula Thomaz, assassinaram brutalmente a atriz Daniella Perez, parceira de Guilherme na novela “De Corpo e Alma”, escrita por Gloria Perez, mãe de Dani.
À época, o crime aconteceu durante o quarto mês da trama, logo após a personagem Yasmin (Daniella Perez) terminar seu relacionamento com Bira (Guilherme de Pádua). Uma das motivações do ator para o crime foi a frustração por seu papel passar a ter menos aparições após o término, o que lhe fez tentar convencer Dani a falar com sua mãe para que isso fosse mudado.
Entretanto, conforme revelado no terceiro episódio da série documental, Guilherme de Pádua sequer era para ter participado da novela. Segundo Gloria Perez, o papel de Bira foi escrito pensando em outro ator: Alexandre Frota.
Conforme repercutido pelo UOL, Gloria chegou a ser perguntada se ela se sentia responsável, de certa forma, por ter “unido Guilherme e Daniella”; porém, ela afirmou que “não descobriu ator nenhum”.
"Esse menino estava cadastrado na Globo e já tinha feito algumas novelas, inclusive trabalhava em duas peças de sucesso", explicou. “A escolha dele, a maneira que ele entrou na novela... A gente tem que pensar em destino”.
Esse papel do Bira foi escrito para o Alexandre Frota", confidenciou a novelista.
Alexandre, porém, estava trabalhando em outra novela na época, “Perigosas Peruas”. Assim, quando Roberto Talma, diretor de “De Corpo e Alma” o convidou para o papel, Carlos Lombardi, que dirigia a outra trama, não lhe autorizou.
Vanessa Jardim, produtora da novela de Gloria Perez, afirma que a escalação de Guilherme de Pádua aconteceu por “acaso”. "Foi uma coisa de última hora, que corremos atrás porque não tínhamos mais tempo".
Dirigido por Tatiana Issa e Guto Barra, ‘Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez’ promete “novos fatos revelados em depoimentos inéditos” sobre a morte da atriz Daniella Perez. A produção também conta com entrevista emocionante de Glória Perez, mãe da atriz e roteirista de novelas, e de diversas outras pessoas envolvidas com ela, como Raul Gazolla, noivo de Daniella.
Eu sempre quis contar essa história da forma como ela aconteceu”, diz Glória no trailer.
“Em 1992, eu estava fazendo minha primeira novela solo, às 21h, tinha voltado para a Globo. A Dani estava bem na carreira. A vida parecia uma estrada linda, aberta. A gente só via coisas boas no horizonte. Mas, de repente, tudo isso explodiu. Foi sugado. A verdade é uma só, as versões são muitas”, completa.
Dividida em cinco partes, a produção liberou os últimos três episódios hoje, 28, que já podem ser assistidos com exclusividade no HBO Max.
Um dos crimes mais brutais conhecidos no Brasil aconteceu em 28 de dezembro de 1992: o assassinato da atriz e dançarina Daniella Perez, filha da autora de telenovelas Glória Perez.
Na ocasião, Daniella, que tinha 22 anos, foi morta por seu companheiro de novela, Guilherme de Pádua. O ator contou com a ajuda de sua esposa, Paula Nogueira Thomaz, para por fim à vida da parceira de cena, protagonizando um dos crimes que escandalizou o país e abalou a TV brasileira.
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