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Notícias / Arte e história

Herdeiros querem recuperar Picasso vendido para fugir dos nazistas

Família entrou com processo contra o Museu Guggenheim, atual detentor da pintura

Eduardo Lima, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 27/01/2023, às 12h41

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Pintura "Mulher Passando Roupa" de Picasso - Divulgação/Museu Guggenheim
Pintura "Mulher Passando Roupa" de Picasso - Divulgação/Museu Guggenheim

Karl e Rosi Adler eram um casal de judeus na Alemanha que fugiu dos nazistas em 1938. Para pagar suas passagens e seus vistos para uma área não ocupada na Europa, eles tiveram que vender um de seus bens mais valiosos: o quadro Mulher Passando Roupa do pintor espanhol Pablo Picasso, pintado em 1904.

O quadro hoje faz parte da coleção do famoso Museu Solomon R. Guggenheim em Nova York, e agora os herdeiros dos Adler querem a pintura de volta. As informações são da BBC.

Um processo foi aberto pelos descendentes dos Adler, cujos advogados argumentam que a pintura não teria sido vendida se não fosse a perseguição nazista. Muitas organizações judaicas e sem fins lucrativos são citadas como co-autoras do processo.

A história da pintura

Os Adler originalmente compraram a pintura de Heinrich Thannhauser, um dono de galeria judeu que vivia em Munique, em 1916. Quando estavam fugindo da Alemanha, eles venderam a mesma pintura para o filho de Thannhauser,Justin, que já tinha fugido dos nazistas para Paris.

A pintura foi vendida por US$ 1.552 (R$ 170 mil reais em valores atuais e aproximados), um preço, argumenta o processo, que estava muito abaixo do valor de mercado. Seis anos antes, a pintura quase foi vendida por US$ 14 mil. Thannhauser deixou sua coleção de arte para o Museu Guggenheim quando morreu.

O museu afirma que entrou em contato com Eric Adler, filho de Karl e Rosi, e ele não levantou nenhuma preocupação sobre a venda do Picasso para Justin Thannhauser. A pintura não tinha sido contestada por décadas até 2014, quando um neto dos Adler soube da história e quis recuperar o quadro.,

O museu argumenta que a pintura não deveria ser considerada e tratada da mesma maneira como arte que foi confiscada pelos nazistas, já que ela não foi vendida na Alemanha e foi para um colecionador judeu.