Durante anos, o rapaz se relacionou com a esposa tendo conhecimento da condição, mas ela só descobriu três dias antes do óbito
Redação Publicado em 20/09/2022, às 12h21
Um homem foi julgado culpado pela morte da ex-esposa pelo Tribunal do Júri da Comarca de Araranguá, no Sul de Santa Catarina, após o órgão compreender que o companheiro sabia do risco de morte que a cônjuge corria ao se relacionar com ele, mas não revelou a condição de soropositivo.
No enredo do processo, compreendeu-se que, ao se relacionar por anos sem preservativo ou sequer revelar a condição, a mulher foi impedida de procurar o tratamento adequado até o surgimento de sinais da imunodeficiência no corpo, que resultaram no óbito.
A denúncia ainda acrescentou que o homem tinha conhecimento de ser HIV positivo desde 2003, passando por todo o período do relacionamento sem indicar o tratamento.
De acordo com o portal G1, um perito médico legal ouvido no processo relatou que a chegada da mulher no hospital já ocorreu com ela apresentando um quadro grave de saúde. Ela descobriu a condição durante a internação, e faleceu três dias depois do diagnóstico.
Com a condenação, o homem deverá cumprir uma pena de 12 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) divulgou a decisão na última segunda-feira, 19, mas ainda cabe recurso ao réu.
