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Notícias / Mundo

Iêmen: Tribunal condena 13 pessoas à execução pública por homossexualidade

O júri, que determinou a condenação das 13 pessoas e é administrado pelos Houthi, já prendeu outras 35 pessoas sob a mesma acusação

Redação Publicado em 06/02/2024, às 15h20

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Bandeira LGBTQIA+ - Getty Images
Bandeira LGBTQIA+ - Getty Images

Nesta terça-feira, 6, um tribunal administrado pelos Houthis, no Iêmen, condenou 13 pessoas à morte por acusações de homossexualidade. A sentença de execução pública, divulgada por uma fonte judicial, surgiu em meio a protestos de grupos de direitos humanos contra o abuso dos rebeldes, apoiados pelas autoridades locais. 

Conforme repercutido pelo jornal O Globo, com informações da AFP, uma fonte anônima também afirmou que outras 35 pessoas foram detidas sob a mesma acusação. Até agora, não está claro quando as execuções serão realizadas. 

As sentenças de morte foram estipuladas em Ibb, uma província controlada pelos Houthi, grupo responsável pelos ataques aos navios do Mar Vermelho e, consequentemente, pela retaliação dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha. Um documento datado de 2022 do Monitor Euro-Mediterrânico dos Direitos Humanos afirma que os rebeldes já condenaram à morte ao menos 350 pessoas desde que tomaram a capital em 2014, e executaram 11.

Abusos

Os Houthi, que controlam as áreas mais populosas do Iêmen e estão envolvidos em uma guerra de longa data com uma coalizão liderada pelos sauditas, nem sempre executam as sentenças, que podem ser contestadas judicialmente. Porém, ONGs afirmam que os abusos dos direitos humanos aumentaram desde que o grupo começou a interferir na navegação no Mar Vermelho, supostamente em protesto pelo conflito entre Israel e o Hamas.

Os Houthi estão a aumentar os seus abusos em casa enquanto o mundo está ocupado a observar os seus ataques no Mar Vermelho. Se eles realmente se importassem com os direitos humanos que afirmam defender na Palestina, não estariam açoitando e apedrejando os iemenitas até a morte.”, afirmou Niku Jafarnia, investigador do Iémen da Human Rights Watch, à AFP.

Este grupo, originário do norte montanhoso do Iêmen, faz parte da minoria Zaidi, uma ramificação do Islã Xiita. Estabelecida com o propósito de instaurar uma teocracia, esta força surgiu na década de 1990 em resposta à suposta negligência em sua região. Desde então, o grupo enfrenta uma coalizão pró-governo liderada pelo influente vizinho Arábia Saudita.