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Notícias / Juanita Castro

Morre Juanita Castro, irmã e opositora de Fidel e Raúl Castro, aos 90 anos

Irmã mais nova dos ex-líderes cubanos Fidel e Raúl Castro, Juanita não foi de acordo com a Revolução de Cuba; ela morreu na segunda-feira, 4

Redação Publicado em 05/12/2023, às 07h57

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Juanita Castro - Reprodução/Vídeo/YouTube/@WPLGLocal10
Juanita Castro - Reprodução/Vídeo/YouTube/@WPLGLocal10

Juana de la Caridad Castro Ruz, mais conhecida somente como Juanita Castro, irmã dos ex-líderes cubanos Fidel e Raúl, morreu nesta segunda-feira, 4, aos 90 anos de idade. Lembrada principalmente por ter sido opositora aos irmãos por décadas, ela vivia em Miami, nos Estados Unidos, onde veio a falecer, de acordo com a jornalista Maria Antonieta Collins, autora das memórias de Juanita.

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"Esta é a notícia que nunca quis dar, mas que, como seu porta-voz nas últimas três décadas da sua vida, tenho de comunicar", escreveu Collins em publicação no Instagram. "Hoje, aos 90 anos, Juanita Castro nos precedeu no caminho da vida e da morte, uma mulher excepcional, uma lutadora incansável pela causa da sua Cuba que tanto amava."

Segundo o UOL, Juanita faleceu em um hospital em Miami de causas naturais. Por fim, Maria Antonieta Collins escreve: "Sua irmã Emma e sua família estendida pedem privacidade neste momento tão doloroso. Não haverá entrevistas e, de acordo com sua vontade, seu funeral será privado."

Irmã opositora

De acordo com o UOL, Juanita Castro abandonou Cuba em 1964, após a Revolução Cubana (1953 - 1959), rompendo com seus irmãos Fidel — líder do movimento, que faleceu em Havana em 2016 — e Raúl, por não apoiar os rumos que a Revolução vinha tomando. Foi nessa época então que ela fugiu para Miami, na Flórida.

Nos Estados Unidos, ela denunciou publicamente o trabalho de seus irmãos no comando da ilha, e chegou até mesmo a colaborar com a Agência de Inteligência Central (CIA, na sigla em inglês) utilizando do pseudônimo "Donna" para tentar derrubá-los, como ela mesma confessou posteriormente.

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Em Miami, ela abriu uma farmácia, onde trabalhou por décadas. No entanto, conforme narrado em seu livro de memórias — 'Fidel e Raúl, meus irmãos - a história secreta', publicado em outubro de 2009 —, seu período de exílio foi difícil de suportar, considerando sua posição como irmã de dois líderes de uma Cuba comunista nos Estados Unidos, e ainda opositora.

Sem dúvida, sofri mais do que o resto do exílio porque em nenhum lugar do estreito da Flórida me dão trégua, e poucos são os que compreendem a paradoxo da minha vida", escreveu na obra. "Para os de Cuba, sou uma desertora porque saí e denunciei o regime estabelecido. Para muitos em Miami, sou uma pessoa 'non grata' por ser a irmã de Fidel e Raúl."