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Notícias / HIV

Paciente com HIV é terceiro a ser curado após transplante de células-tronco

Estudo mostrou que o organismo do paciente não apresenta mais nenhum traço do vírus da AIDS depois do transplante

Redação Publicado em 20/02/2023, às 18h00

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Representação do HIV, vírus da AIDS (em amarelo), infectando uma célula humana - Divulgação/ZEISS Microscopy/Flickr/Creative Commons
Representação do HIV, vírus da AIDS (em amarelo), infectando uma célula humana - Divulgação/ZEISS Microscopy/Flickr/Creative Commons

Um estudo científico publicado na revista Nature Medicine nesta segunda-feira informou que um paciente com HIV conseguiu ser curado após um transplante de células-tronco. Isso faz dele o terceiro a ter um organismo sem nenhum traço do vírus da AIDS depois de ser submetido ao transplante. As informações são da AFP.

Este paciente de Düsseldorf, na Alemanha, segueoutras duas pessoas com HIV que foram curadas, uma em Berlim em 2009 e a outra em Londres em 2019.

O consórcio internacional IciStem afirmou que o paciente da Alemanha recebeu um transplante de células-tronco para tratar uma leucemia. Depois da cirurgia, o paciente conseguiu parar de fazer o tratamento que ele realizava contra o HIV. As análises não mostraram nem vestígios de partículas virais, nem reservas virais ou resposta imune contra o vírus.

Células-tronco

Os três que conseguiram se curar plenamente da HIV compartilham o tratamento: como os pacientes sofriam com câncer no sangue, eles foram tratados com transplante de células-tronco, que conseguiu renovar seu sistema imunológico tão profundamente a ponto de acabar com qualquer traço do vírus da AIDS.

Em todos os três casos, o doador das células-tronco apresentava uma mutação rara no gene CCR5, que é uma alteração genética que impede que o HIV entre nas células. Durante o transplante, as células do sistema imune do paciente são substituídas pelas células do doador. O virologista Asier Sáez-Cirion, um dos autores do estudo, explica que isso permite eliminar a grande maioria das células infectadas.

É uma situação excepcional quando todos os fatores coincidem, segundo o virologista, fazendo com que o transplante seja um sucesso “tanto para a cura da leucemia quanto do HIV”. Menos de 1% da população tem a mutação que protege do HIV. Esses casos dão esperança a cientistas que querem encontrar a cura da AIDS, mas o transplante de células-tronco é um tratamento arriscado que pode não dar certo para todos.