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Notícias / Cinema

Por que simpatizamos com vilões de filmes? Estudo responde

Recente pesquisa explicou o motivo de que muitos se solidarizam com personagens cruéis e com atitudes questionáveis; entenda!

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 21/12/2022, às 17h26

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Os personagens 'Darth Vader', 'Lord Voldemort' e 'Coringa' - Divulgação
Os personagens 'Darth Vader', 'Lord Voldemort' e 'Coringa' - Divulgação

Darth Vader, Coringa, Lord Voldemort, Capitão Gancho, Úrsula… a lista de vilões que o povo gosta é longa e a mais variada possível. Mas você já parou para pensar o motivo de simpatizarmos com seres de atitudes ‘minimamente’ questionáveis? 

Conduzida pela Universidade de Michigan, uma pesquisa decidiu descobrir o motivo de nos solidarizarmos com esses personagens, por mais egoístas, famintos por poder ou desprezíveis que sejam. 

Jack Nicholson como Coringa/ Crédito: Divulgação/Warner Bros

A resposta pode parecer simples e até meio boba: nós somos atraídos por seu lado sombrio, afinal, acreditamos que eles possam ter algum tipo de qualidade ‘redentora’. O estudo foi publicado na revista Cognition.

“Em outras palavras, as pessoas acreditam que há uma incompatibilidade entre os comportamentos externos de um vilão e seu verdadeiro eu interior, e esta é uma lacuna maior para os vilões do que para os heróis”, explica Valerie Umscheid, principal autora do estudo. 

A pesquisa

Para chegar nessa conclusão, profissionais da Universidade de Michigan entrevistaram 434 crianças (entre quatro e 12 anos) e 277 adultos; como uma forma de entender como diferentes grupos processam atos antissociais, e até mesmo malignos, cometidos por esses personagens.  

Os estudos incluíram não só vilões como Úrsula de ‘A Pequena Sereia’ e Capitão Gancho de 'Peter Pan', como também heróis, assim como o boneco Woody de 'Toy Story' ou até mesmo o Homem-Aranha

Capitão Gancho contra Peter Pan/ Crédito: Disney

Uma parte das observações foram feitas para saber se as crianças viam os vilões como figuras capazes de terem comportamentos pró-sociais em relação aos outros, especificamente indivíduos com ideias semelhantes; colocando-os em diversas situações. 

A consideração de se as crianças veem os vilões como tendo um 'ponto fraco' por tais almas gêmeas é importante para explorar os limites das previsões comportamentais negativas das crianças sobre personagens antissociais", explicaram os pesquisadores.

As duas outras partes avaliaram as crenças dos participantes sobre o “verdadeiro eu” dos vilões, o que refletiu as diferenças em como eles projetam seu personagem vilão para o mundo e como eles realmente se sentem por dentro.

Desta forma, os resultados apontaram, de uma maneira geral, que tanto as crianças quanto os adultos acreditam que os ‘verdadeiros eus’ dos vilões eram "extremamente maus e muito mais negativos do que os heróis".

Em contrapartida, os pesquisadores também detectaram uma assimetria nessas visões, já que os vilões eram muito mais propensos do que os heróis a ter um ‘verdadeiro eu’ que diferia de sua personalidade externa.

“Tanto as crianças quanto os adultos acreditavam que personagens como Úrsula tinham alguma bondade interior, apesar das ações más/imorais em que se envolvem regularmente”, completou Valerie Umscheid.