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Matérias / Boate Kiss

Boate Kiss: A banda Gurizada Fandangueira ainda existe?

Foi no show do conjunto musical que se iniciou o incêndio responsável por vitimar 242 pessoas fatalmente, incluindo um músico

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 28/01/2023, às 16h30 - Atualizado em 03/02/2023, às 14h25

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Membros da Gurizada Fandangueira reunidos - Divulgação / Palco MP3
Membros da Gurizada Fandangueira reunidos - Divulgação / Palco MP3

Na madrugada entre os dias 26 e 27 de janeiro de 2013, uma apresentação musical encerrou o destino de mais de duas centenas de pessoas que, naquela noite, decidiram se divertir em uma balada localizada no município de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

No centro da cidade, especificamente na Boate Kiss, ocorreria uma apresentação musical de uma banda que misturava elementos do sertanejo universitário com a música popular local, mesclando ritmos enérgicos com roupas típicas e, até mesmo, pirotecnia nas apresentações.

Era a Gurizada Fandangueira, que imergia no estado sulista e, semanas antes, chegou até a realizar uma apresentação na principal rede de televisão local. Garantiu quase que a lotação máxima da casa de shows, tornando a festança em uma das maiores tragédias da história do Brasil.

Durante a apresentação, o acionamento de um sinalizador justamente no ambiente fechado, com paredes e teto cobertos com espuma de isolamento acústico, altamente inflamável, iniciou um incêndio que matou 242 pessoas e deixou outros 363 feridos.

O acionamento do artefato pirotécnico, no entanto, foi feito pelas mãos do próprio vocalista do conjunto, Marcelo de Jesus dos Santos, resultando em correria entre os visitantes e até mesmo entre os integrantes da banda, vitimando fatalmente o sanfoneiro, Danilo Jaques. Os 5 membros restantes sobreviveram, tomando rumos diferentes após o infeliz episódio.

E os integrantes?

Em decorrência da intervenção que resultou na fatalidade, dois dos membros da banda foram presos e condenados a 18 anos de reclusão, em dezembro de 2021, sendo eles o próprio vocalista Marcelo, que acendeu o artefato, e o auxiliar técnico da banda, Luciano Bonilha Leão, que adquiriu o item e estava responsável pela disposição em que a apresentação ocorria, como apontou o Ministério Público.

O irmão do vocalista, Márcio André Jesus dos Santos, também compunha o conjunto como percussionista, mas largou a música e hoje trabalha como motorista, como apurou o portal UOL, chegando a depor em 2015.

Outro membro que deixou as atividades artísticas foi o baterista Eliel Bagesteiro de Lima, que trabalhou como taxista e atribuído como o responsável legal por uma loja de móveis usados, como divulgado em dados disponíveis no portal da Receita Federal.

Os outros dois músicos restantes, sendo eles o guitarrista Rodrigo Lemos e o baixista Giovani Kegler, chegaram a fazer uma pausa na carreira pouco após a tragédia, contribuindo com as investigações. Contudo, retomaram as atividades, com Giovanni participando de diversos projetos musicais, e Rodrigo integrando uma nova banda, intitulada Tagarrado.