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Matérias / Personagem

Cartas eróticas: a agitada vida sexual da Marquesa de Santos

Sendo a mais famosa amante de Dom Pedro I, Domitila foi protagonista em episódios 'calientes' da história do Brasil Império

Wallacy Ferrari Publicado em 03/05/2020, às 08h00

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Retrato de Domitila de Castro do Canto e Mello, a Marquesa de Santos - Wikimedia Commons
Retrato de Domitila de Castro do Canto e Mello, a Marquesa de Santos - Wikimedia Commons

Antes de sua investida mais famosa, Domitila de Castro do Canto e Mello havia se casado aos quinze anos de idade com o oficial Felício Pinto Coelho de Mendonça. Viciado em bebidas e jogos de azar, existem registros de que o marido era extremamente agressivo, com episódios de violência física e sexual.

Sendo um dos primeiros processos de separação encerrados a favor de uma mulher durante o século 17, Domitila saiu  de um relacionamento extremamente abusivo para uma aventura marcada na História.

Depois do primeiro encontro, Dom Pedro I e a jovem, na época com 25 anos, logo começaram a trocar cartas. Apesar de nunca ter sido reconhecida como esposa do príncipe-regente, foi a mais famosa durante o período em que esteve casado com Maria Leopoldina de Áustria.

Os frequentes encontros não apenas renderam o título de Marquesa de Santos — sem nunca ter pisado na tal cidade — mas também diversas ocasiões de intimidade exposta em cartas e registros mal encobertos.

Retrato de Dom Pedro I / Créditos: Wikimedia Commons

O ‘sexting’ do século 17

Em mais de 200 cartas trocadas, o envolvimento íntimo de Dom Pedro I e a marquesa era marcado pelos apelos sexuais presentes nos textos, sempre descritivos — as vezes, até demais. Em diversas correspondências, por exemplo, Domitila não apenas tinha interesse em saber o estado de saúde de pênis do amado, como pedia para descrever como o mesmo estava em relação às lembranças do casal.

O príncipe-regente não deixava barato e abusava da criatividade para a descrição, quando não chegava a desenhar seu órgão genital enrijecido. Para acompanhar a descrição, não poderia faltar algum tipo de lembrancinha para agradar a companheira, adicionando também alguns pelos pubianos no envelope da carta.

Sempre usado como o principal meio do casal para agendar os encontros casuais, não apenas as datas eram registradas, mas também as técnicas utilizadas. Um dos preferidos por parte do português era o pompoarismo, um método oriental que a marquesa desenvolveu para contrair a vagina durante o ato sexual.

Como um casal da época, não poderia faltar os apelidos, que serviram também de pseudônimos para dificultar a identificação dos membros da corte. Dom Pedro I tinha um apelido ‘caliente’, assinando cartas como “Fogo Foguinho” e “Demonão”. A marquesa, por sua vez, tinha o fofinho apelido de “Titília”, referindo-se ao seu nome no diminutivo.

"Nada mais digo senão que sou teu, e do mesmo modo quer esteja no céu, no inferno ou não sei onde. Tu existes e existirás sempre em minha lembrança, e não passa um momento que meu coração me não doa de saudades tuas...", dizia uma das cartas escritas por Fogo Foguinho.

O fim da relação foi motivado pelo falecimento da esposa do português, criando uma revolta em torno da imagem da nada oculta marquesa. Com boatos de envenenamento por parte de Domitila, o príncipe-regente aproveitou o meio mais comum do casal para anunciar que estaria se casando com Amélia de Leuchtenberg. Por correspondência, a informou que a amava, mas daria prioridade a sua reputação.


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