Se dependesse do conceito de George Lucas, momento emblemático com Estrela da Morte em ‘Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança’ seria completamente diferente
por Fabio Previdelli
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Publicado em 06/08/2023, às 00h00 - Atualizado em 13/09/2023, às 20h11
Em 25 de maio de 1977, Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança estreou nos cinemas apresentando ao público uma das maiores franquias da história do cinema. O sucesso foi tamanho que o longa se tornou a maior bilheteria da época, arrecadando 775 milhões de dólares.
Inicialmente, a produção sequer tinha o subtítulo de Episódio IV – Uma Nova Esperança, visto que o diretor George Lucas não acreditava que continuaria com sua história; o que só aconteceu em 1981, com O Império Contra-Ataca.
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Para quem viveu as últimas décadas em uma galáxia muito, muito distante e jamais assistiu a esse clássico do cinema, a história gira em torno do sequestro da senadora e Princesa Leia Organa pelo alto oficial do Império Galáctico Darth Vader.
Vader a acusa de fazer parte da Aliança Rebelde, resistência ao Império, e de interceptar planos da destruidora Estrela da Morte. Entretanto, o pedido de ajuda encaminhado para Obi-Wan Kenobi — colocado do droide R2-D2 — acaba caindo nas mãos do jovem Luke Skywalker.
Apesar de todo o sucesso do longa, uma cena clássica do filme só aconteceu por pura preguiça. Foi isso que o designer Colin Cantwell revelou em 2016. Entenda o que aconteceu!
Nascido em San Francisco em 1932, Colin Cantwell se formou em animação pela Universidade da Califórnia. Na década de 1960, trabalhou em programas educacionais sobre voos no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
Quando o homem pisou na Lua pela primeira vez, em 1969, foi justamente Colin, ainda atuando pela NASA, que forneceu informações ao jornalista Walter Cronkite, que narrava a transmissão histórica, repercute o The Guardian.
A paixão de Cantwell por arquitetura e o espaço se juntou em 1968, quando ele trabalhou para Stanley Kubrick no célebre 2001: Uma Odisseia no Espaço. O designer e o diretor se tornaram grandes amigos durante as filmagens, ainda mais pelo fato de Colin visitá-lo à meia-noite "com sanduíches de peru" para discutir o andamento da produção.
"Trabalhei em estreita colaboração com Stanley Kubrick e o convenci a não começar o filme com uma discussão de mesa de conferência de 20 minutos", disse, em 2016, a um tópico do Reddit chamado Ask Me Anything. Foi ele, aliás, o responsável pelo início icônico do 'amanhecer do homem' no filme.
Em 1974, Cantwell foi apresentado por amigos ao diretor George Lucas, que o convidou para participar de sua próxima produção: Star Wars. O designer ficou responsável por projetar os protótipos de várias naves: como a X-wing e a TIE Fighter; além da magnífica Estrela da Morte.
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"Tinha que ser superlegal e diferente de todas as outras associações com aeronaves, etc.", disse Cantwell sobre o conceito da X-wing — algo que só lhe veio à cabeça em um momento acidental que viveu por uma noite afora.
Em outras palavras, tinha que ser estranho e se encaixar no resto da história... Um dardo sendo atirado em um alvo em um pub britânico me deu o conceito original e daí foi adiante", completou.
Colin Cantwell também foi responsável por um momento memorável dentro da franquia, algo que aconteceu ainda em Uma Nova Esperança. Como já dito, ele foi responsável por criar a Estrela da Morte, mas se dependesse de George Lucas, o projeto seria completamente diferente.
O conceito da estação espacial bélica — uma gigantesca esfera com 160 quilômetros de diâmetro —, criada pelo Império Galáctico, só aconteceu por um episódio de preguiça de Cantwell, que quis poupar uns dias de trabalho.
Ainda no tópico do Reddit, ele explicou como criou acidentalmente uma característica icônica da Estrela da Morte que se tornou um ponto crucial da trama: a trincheira do meridiano, usada pela Aliança e Luke Skywalker como parte de seu ataque à poderosa estação de batalha.
"Originalmente, não planejei que a Estrela da Morte tivesse uma trincheira, mas quando estava trabalhando com o molde, notei que as duas metades haviam encolhido no ponto em que se encontravam no meio", começou.
Teria levado uma semana de trabalho apenas para preencher, lixar e reencher esta depressão. Então, para me poupar do trabalho, procurei George e sugeri uma trincheira. Ele gostou tanto da ideia que se tornou um dos momentos mais icônicos do filme!", revelou.
