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Matérias / Guerra da Coreia

Neste dia, em 1950, começava a Guerra da Coreia

Há exatos 72 anos, as tropas norte-coreanas, sob o comando de Kim Il-sung, invadiram a Coreia do Sul

Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 24/06/2021, às 13h49 - Atualizado em 25/06/2022, às 06h00

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Soldados americanos durante combate em Seul, em 1950 - Domínio público/Naval Historical Center
Soldados americanos durante combate em Seul, em 1950 - Domínio público/Naval Historical Center

O dia 25 de junho de 1950 ficou marcado na história como a data inicial da Guerra da Coreia, que perduraria até 27 de julho de 1953, quando foi assinada uma trégua. Hoje, sete décadas depois, os dois países envolvidos ainda possuem uma relação conflituosa. Contudo, para entendermos a história, é preciso recordar do contexto político da época. 

Após a Segunda Guerra Mundial o mundo se viu em uma nova contenda conhecida como Guerra Fria, dividindo-se em dois polos políticos que disputavam por influência. Enquanto a URSS defendia o Socialismo, os EUA lideravam o bloco Capitalista. E, claro, essa divisão acabou afetando também a Coreia.

Japoneses na Coreia

A verdade é que a península da Coreia já era alvo da interferência estrangeira desde o início do século 20.

Os japoneses, que anexaram a península ao seu território no ano 1910, tomavam as terras dos coreanos e os obrigavam a realizar trabalhos forçados. 

Quadros de Kim Il-sung e Kim Jong-il / Crédito: Getty Images

Com essa enorme onda de violência, os coreanos decidiram se unir aos americanos contra seus inimigos, ainda durante a Segunda Guerra Mundial. 

Divisão e início da guerra

Após a chamada Conferência de Potsdam, ocorrida em julho de 1945, americanos e soviéticos dividiram a península em duas diferentes zonas de influência. Decidiu-se então que, enquanto o norte ficaria do lado soviético, o sul ficaria sob influência americana.

Assim, com auxilio militar, foram estabelecidos, na época, os governos de Kim Il-sung, na Coreia do Norte e Syngman Rhee, na Coreia do Sul. Entretanto, apesar da divisão, ambos os lados passaram a alimentar esperanças de, um dia, reunificar o território.

Com o fim da ocupação militar nos dois países, que se deu em 1948 no norte e em 1949 no sul, começaria uma grande guerra com esta finalidade.

O presidente Syngman Rhee em fotografia de 1948 / Crédito: Domínio público/Arquivo Nacional da Coreia do Sul

No dia 25 de junho de 1950, as tropas norte-coreanas ultrapassaram a fronteira com a Coreia do Sul, dando início à guerra. Dois dias depois, a Resolução 83 do Conselho de Segurança da ONU aprovou uma medida que permitia a intervenção estrangeira no conflito.

As diferentes fases da guerra

Nos anos que se seguiriam, o conflito se apresentaria em três diferentes fases. A primeira delas se deu entre junho e setembro de 1950, e teve como principal característica o predomínio das forças norte-coreanas, que conseguiram encurralar os sul-coreanos em uma área estreita de terra, conhecida como Perímetro de Pusan. Ao final desta batalha, os EUA entraram no conflito.

Estátuas de Kim il-sung e Kim Jong-il / Crédito: Getty Images

Na segunda fase, ocorrida entre setembro e outubro do mesmo ano, o cenário mudou, estando agora os sul-coreanos e seus aliados americanos com a vantagem militar. Com o auxílio dos EUA, eles conseguiram encurralar os norte-coreanos, invadindo o território comandado por Kim Il-sung. Isso fez com que tropas chinesas fossem mobilizadas em favor dos norte-coreanos.

A terceira e última fase teve início quando os chineses entraram no conflito em outubro e tornaram a guerra equilibrada militarmente.

Passados três anos desde o início do conflito, as autoridades decidiram negociar um armistício em Panmunjom, oficializado no dia 27 de julho de 1953. Após a assinatura do documento, houve uma trégua, a qual se estende até os dias de hoje.