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Matérias / Personagem

Há 29 anos morria Klaus Barbie, o nazista conhecido como o açougueiro de Lyon

Em 25 de setembro de 1991, aos 77 anos de idade, um dos mais cruéis agentes da Gestapo morreu sem demonstrar arrependimentos

Penélope Coelho Publicado em 25/09/2020, às 00h00 - Atualizado em 26/09/2020, às 00h00

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Klaus Barbie na juventude - Wikimedia Commons
Klaus Barbie na juventude - Wikimedia Commons

Em uma história conturbada e repleta de crimes, a vida do alemão Klaus Barbie foi marcada por sua própria crueldade. Durante a Segunda Guerra Mundial, o homem foi um funcionário da SS e da Gestapo. Conhecido como açougueiro de Lyon, ele causou horrores enquanto agia na cidade francesa dominada por nazistas.

Contudo, o soldado da SS demorou muitos anos para pagar por seus crimes e após o fim da Guerra foi recrutado pelo serviço de inteligência dos Estados Unidos, a fim de realizar esforços em operações antimarxistas. Ele morreu há exatos 29 anos, em 25 de setembro de 1991.

Klaus Barbie usando o uniforme da Gestapo / Crédito: Getty Images 

Guerra

Durante a Segunda Guerra Mundial o Açougueiro de Lyon marcou a história do local por sua brutalidade e impiedade, o homem realizava torturas com as próprias mãos durante interrogatórios, espancando os prisioneiros com chicotes e até mesmo realizando amputações.

As vítimas sofriam muitas vezes mordidas de cães e tinham seus ossos quebrados. Ele agia com crueldade principalmente contra judeus e combatentes da Resistência Francesa, além de enviar muitos deles para campos de concentração.

Com o fim da Guerra, em setembro de 1945, Klaus não foi condenado durante os Julgamentos de Nuremberg, pelo contrário, na verdade, o agente foi contratado pelo serviço de inteligência dos Estados Unidos para trabalhar em operações controversas.

Espião

Com a chegada de outro conflito, dessa vez, a Guerra Fria, os Estados Unidos perceberam em agentes nazistas uma espécie de alvo potencial contra aquilo que estava sendo chamado de o novo inimigo: o comunismo.

Recrutado para se tornar um espião, a inteligência norte-americana acreditava no poder de Barbie para deter o comunismo, por isso, ajudou o homem a se esconder na Bolívia junto com sua família, no mesmo período em que a França estava desesperadamente procurando pelo paradeiro do ex-agente nazista.

Sob o nome de Klaus Altmann, o homem foi visto como um dos responsáveis por ter ajudado a CIA a encontrar e matar Che Guevara, acredita-se que a experiência tática do torturador tenha sido essencial na captura do revolucionário.

Além disso, sabe-se que Barbie declaradamente fez negócios com um dos mais famosos traficantes do mundo, Pablo Escobar, a quem ele possivelmente também chegou a fornecer armamento.

Justiça e o fim

Klaus Barbie durante seu julgamento em 1987 / Crédito: Getty Images

No entanto, mesmo que após um longo período, foi chegada a hora de o homem finalmente pagar por todos os crimes horrendos que cometeu. Barbie foi identificado no ano de 1971, em Lima, no Peru, quando um documento secreto — que revelava seu pseudônimo — foi encontrado.

Em janeiro do ano seguinte, essa informação chegou até o casal Klarsfeld — caçadores de nazistas da França — após ter sido publicada no jornal francês L'Aurore, junto com uma fotografia que tornou fácil a identificação do homem.

Contudo, em mais um longo processo, o criminoso só foi extraditado para a França em 1983, com a queda da ditadura e a reposição da democracia pelo governo de Hernán Siles Zuazo, na Bolívia.

O julgamento por seus terríveis atos tiveram início em 1987 e sua sentença foi proferida exatamente na cidade francesa de Lyon, onde a maioria de seus crimes foram cometidos. Na ocasião, o homem foi acusado por 177 crimes contra a humanidade e a sentença foi clara: prisão perpétua.

Durante o julgamento, Klaus em nenhum momento se mostrou arrependido por suas atitudes durante a Guerra, pelo contrário, afirmava que estava contente por ter, segundo ele: 'livrado a França de um regime socialista'.

Contudo, seu tempo na prisão não durou muito, já que o criminoso foi acometido por leucemia, câncer de coluna e próstata, quatro anos após a sua condenação. O ex-agente nazista faleceu na prisão, em 25 de setembro de 1991, aos 77 anos de idade.


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