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Matérias / Crimes

Em 1999, o Massacre de Columbine chocou o mundo

Naquele ano, Eric Harris e Dylan Klebold invadiram o colégio perto do término das aulas para realizar um tiroteio, que causou 13 mortes

Wallacy Ferrari Publicado em 20/04/2020, às 12h00 - Atualizado em 28/05/2022, às 06h00

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A tragédia completa 21 anos nesta segunda-feira - Divulgação
A tragédia completa 21 anos nesta segunda-feira - Divulgação

Planejado por cerca de um ano, 20 de abril de 1999 foi a data escolhida pelos estudantes Eric Harris e Dylan Klebold para legitimar o ato que mais se prepararam. Com meses treinando tiros, aperfeiçoando a produção de bombas caseiras e compartilhando experiências sobre tiroteios e extremismos por fóruns da internet, ambos entravam na manhã de uma terça-feira para mudar a história da Columbine High School.

Localizada em Littleton, no Colorado, os rapazes de comportamento distinto eram conhecidos na escola pelo afastamento voluntário dos outros colegas. No padrão estadunidense de ensino, as aulas se encerrariam no meio do ano, em junho, logo, estavam próximos de obterem seus diplomas do Ensino Médio.

Com suásticas desenhadas entre as páginas, Eric registrava num diário pessoal episódios de raiva, citando constantemente a palavra “ódio” e “vingança” quando se referia aos colegas de sala.

Dylan também tinha um diário, mas repleto de corações desenhados, descrevendo um comportamento depressivo e solitário. Por motivos distintos, ambos uniram forças para usar seus conhecimentos para realizar o mais famoso ataque a tiros em uma escola.

Montagem reunindo as vítimas fatais do massacre / Créditos: Divulgação

O plano dos rapazes era meticuloso e não abrangia apenas o colégio, mas também uma distração para as autoridades. Antes de entrarem no local, ainda colocaram uma bomba, as 11h14, em um posto de bombeiros, para causar um grande incêndio. A bomba não foi efetiva e as chamas foram rapidamente contidas. Após a instalação da mesma, saíram em direção a escola.

Com uma mochila repleta de explosivos, a dupla largou a bolsa em meio ao refeitório, justamente durante a hora do intervalo. As bombas instaladas tinham força o suficiente para ferir ou matar todos os 488 alunos presentes na cantina, além de espantar os outros que não haviam sido atingidos. Assim que os alunos evacuassem a escola, o plano de Eric e Dylan era de matar os jovens restantes.

Os dois entram na escola com suas mochilas cheias de explosivos e deixaram na lanchonete que estava lotada. Em seguida, eles partiram para o estacionamento a céu aberto mais próximo e, ficam esperando as bombas estourarem. Quando elas explodissem, as pessoas sairiam correndo direto para onde eles estavam esperando, já armados.

Raiva

As bombas do refeitório também não funcionaram, o que enfureceu os rapazes, que decidiram entrar e iniciar a execução no mesmo momento — já no gramado do colégio e nos corredores. Inicialmente visto como uma brincadeira, um professor notou que se tratava de tiros reais, subiu em uma mesa e gritou para que os alunos fugissem. Nos corredores da Columbine High School, a dupla atirava sem selecionar um padrão de alvo.

Assustada com a correria, uma professora chegou a acreditar que se tratava de uma baderna e saiu da sala para dar uma bronca nos alunos. Para sua surpresa, foi recepcionada por um tiro em seu ombro, o que a fez correr para a biblioteca. Escondida e orientando outros alunos a ficarem em silêncio, ligou para a polícia às 11h25 para avisar que a escola estava sendo atacada.

No Canto superior esquerdo, Eric e Dylan fazer armas com as mãos na foto do anuário / Créditos: Divulgação

Ao chegarem na biblioteca, onde 52 alunos e 4 funcionários se escondiam, continuaram o terrível massacre, aterrorizando os alunos com frases frias. Em certo momento, Eric notou a respiração de Cassie Bernall, 17, embaixo de uma mesa. O rapaz se ajoelhou e disse “Achou!”, antes de atirar em sua cabeça, a matando instantaneamente. Ao longo do ataque eles vitimaram 34 pessoas, sendo 13 mortos.

Captados por câmeras de segurança a dupla ainda realizou alguns ataques aos policiais que rodeavam o edifício para a evacuação de reféns. As 12h08, a dupla organizou uma contagem regressiva e atiraram contra suas cabeças. Após o suicídio, a escola foi averiguada para localizar mais vítimas. A violência era tamanha que, pela quantidade de sangue no chão, a polícia estimou mais de 25 pessoas mortas inicialmente.

A ocasião, amplamente propagada pela imprensa internacional, resultou em um relatório do Serviço Secreto americano sobre as políticas de tolerância zero e detectores de metais, que já eram utilizados na época, mas sem eficiência comprovada. Em 2001, as famílias de 30 vítimas receberam mais de 2 milhões de dólares por um processo das agências estaduais por não proporcionar a segurança necessária para apartar o ataque.