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Matérias / Arqueologia

Em 2018, arqueólogos encontraram um esqueleto com botas de couro de 500 anos; relembre

O curioso achado chamou a atenção de trabalhadores que escavavam os túneis de um novo canal de esgoto em Londres

Redação Publicado em 01/10/2021, às 08h00 - Atualizado em 17/03/2022, às 10h55

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Fotografia dos pés do esqueleto encontrado em 2018 - Divulgação/ MOLA Headline Infraestructure
Fotografia dos pés do esqueleto encontrado em 2018 - Divulgação/ MOLA Headline Infraestructure

Enquanto exploravam a região de Bermondsey, na Inglaterra, trabalhadores londrinos fizeram uma impressionante descoberta. Anunciado pelos arqueólogos em meados de 2018, o achado foi realizado durante a construção do túnel Thames Tideway.

Tudo começou quando os funcionários locais abriram espaço para o canal de esgoto. Dentro do buraco recém-cavado, se depararam com algo que jamais imaginariam: um esqueleto muito antigo, de um homem que teria morrido ainda no período medieval.

O mais impressionante, contudo, era o fato de que os restos mortais contavam com longas botas de couro que se estendiam até a coxa, o que seria algo um tanto incomum, conforme declararam os profissionais da área da arqueologia.

O esqueleto foi encontrado durante as obras / Crédito: MOLA

Achado único

A descoberta se deu por acaso, quando trabalhadores da obra escavavam o local. Ali, no meio da lama, estava o tão singular esqueleto. Deitado virado para baixo, o que sobrou do homem tinha um braço acima da cabeça e o outro dobrado para o lado.

Conforme informou a BBC na época, após análise, os arqueólogos chegaram à conclusão de que aquela pessoa, muito provavelmente, teria morrido no final do século 15, ainda durante a Idade Média. Tratava-se, portanto, de algo "raro" e "fascinante", como a MOLA Headland Infrastructure declarou na época.

O esqueleto foi descoberto em 2018 / Crédito: Divulgação/ MOLA Headline Infraestructure

Teoria

A equipe do MOLA, um consórcio do qual fazem parte duas empresas britânicas de arqueologia, apresentou a teoria de que o homem não foi enterrado. Isso porque a posição na qual foi encontrado surgiu que ele foi coberto pela lama após ter caído ou se afogado no rio que há no local.

"Ele pode ter trabalhado no rio e a maré ficou demais para ele, pode ter caído, poderia estar cansado, ou ter bebido demais. Nós não sabemos", declarou Beth Richardson, especialista que faz parte da equipe do consórcio em entrevista ao The Guardian. Além disso, ela ainda explicou como as botas podem indicar que ele ganhou "a vida em condições perigosas e difíceis".

Crânio do esqueleto / Crédito: Divulgação/MOLA

Uma vez que as botas se estendem até a coxa, pode-se dizer que o homem poderia trabalhar como pescador, lenhador ou, até mesmo, como caçador de tesouros. Esse tipo de calçado, conforme Richardson, costumava ser um item caro e que era repassado a diferentes pessoas.

"O incomum é que nunca encontramos botas altas como esta. Geralmente são sempre sapatos ou botas de tornozelo", afirmou a arqueóloga. “Botas altas não são muito comuns nos tempos medievais e nos tempos dos Tudors e no século 17. Se você olhar fotos, manuscritos iluminados ou retratos, poucas pessoas usam botas."

O esqueleto usava botas / Crédito: Divulgação/ MOLA

Análises dos ossos

Os especialistas não encontraram quaisquer evidências de ferimentos, porém, aparentemente, o homem medieval teve uma vida difícil. Ele era jovem, tinha menos de 35 anos, mas sofreu de uma doença óssea em vida: a osteoartrite.

Além disso, os especialistas notaram a presença de sulcos profundos nos dentes do esqueleto e que foram causados, supostamente, pela passagem de cordas entre eles, prática que, segundo os arqueólogos, era realizada pelos pescadores.

O osteologista humano do MOLA, Niamh Carty, afirmou que o homem teria "sofrido diariamente" em razão de seu trabalho, que teria gerado sérios problemas à sua saúde.


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