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Matérias / Entretenimento

Tema polêmico e participação política: 5 curiosidades sobre 'O Rei Do Gado'

Prevista para ser reexibida no 'Vale a Pena Ver De Novo', a obra marcou a teledramaturgia brasileira estreando há 26 anos

Wallacy Ferrari Publicado em 10/10/2022, às 15h36 - Atualizado em 16/10/2022, às 15h00

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Antônio Fagundes na pele de Bruno Mezenga, em 'O Rei do Gado' - Divulgação / TV Globo
Antônio Fagundes na pele de Bruno Mezenga, em 'O Rei do Gado' - Divulgação / TV Globo

Sucesso em sua transmissão original entre junho de 1996 e fevereiro de 1997, a novela 'O Rei do Gado' foi anunciada como próxima reprise do bloco Vale A Pena Ver De Novo, passando a recompor o quadro da TV Globo diariamente a partir das 16h40. Originalmente exibida na faixa das 21h da emissora carioca, ela angariou a atenção dos brasileiros ao longo de 209 capítulos com o drama rural.

Contudo, algumas passagens de bastidores revelam curiosidades sobre produção e direção que a trama tomou ao longo de sua exibição, reverberando no sucesso lembrado até os dias atuais. Sabendo disso, o Aventuras na História separou alguns fatos sobre essa marcante telenovela.

Confira 5 curiosidades sobre 'O Rei Do Gado':

1. Laboratório para papéis

Seguindo o método de adaptação que consolidou o sucesso de 'Pantanal' cinco anos antes, o autor Benedito Ruy Barbosa enviou os intérpretes dos protagonistas da novela para o Mato Grosso, visando conhecer, pesquisar a região e interagir com os moradores locais para adquirir hábitos e vícios de sotaques locais.


2. Temas polêmicos

A novela estreou dois meses após um caso amplamente comentado pela imprensa nacional; O Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, que resultou na morte de 19 membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Dada a projeção do crime, a novela que tratava de agronegócios em meio a trama foi a primeira do Brasil a falar de movimentos do tipo e citar a Reforma Agrária.

Ruy Barbosachegou a revelar no livro 'Biografia da Televisão Brasileira' que o diretor criativo da emissora chegou a se incomodar com a adição dos temas sem aviso prévio: “Um dia, o Boni me ligou muito bravo porque eu coloquei os sem-terra na trama. Ele queria saber o porquê de não aparecer essa informação na sinopse".


3. Senador atuante

A novela também chamou atenção em sua reta final, durante a cena do velório do senador Roberto Caxias, interpretado pelo ator Carlos Vereza. Contracenando com Antônio Fagundes, Eduardo Suplicy, que na época era realmente parlamentar no Senado Federal, participa da novela em meio a cerimônia fúnebre.

Em entrevista a revista Teoria e Debate na época, ele explicou o motivo da participação: "Resolvi aceitar o convite por ter a convicção de que a novela O Rei do Gado constituiu-se num trabalho sério, que apresentou muitos aspectos da realidade atual brasileira. Não continha qualquer ofensa ao Congresso Nacional, muito menos falta ao decoro parlamentar".


4. Carinhas novas

Mesmo com um elenco de peso contendo grandes nomes da história da teledramaturgia brasileira, comoAntônio Fagundes, Stênio Garcia e Patrícia Pillar, o espaço para novos talentos na produção marcou a estreias de figurinhas conhecidas na TV Globo; tratou-se da primeira obra de Marcello Antony, Caco Ciocler e Lavínia Vlasak na emissora carioca.


5. Reapresentações

Se engana quem pensa que a reexibição de 'O Rei do Gado' é novidade; a produção já foi reprisada no bloco 'Vale a Pena Ver de Novo' duas outras vezes, sendo a primeira entre em 1999 e a segunda em 2015.

Além disso, já foi exibida em mais de 30 países, como revela o portal da Memória Globo. Argentina, Cuba, Noruega, Grécia e Rússia foram alguns dos locais que adaptaram a produção brasileira.