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Curiosidades / Arqueologia

5 coisas que teriam sido feitas no passado para ‘prender’ os mortos aos túmulos

Pessoas do passado, por vezes, tomaram medidas drásticas para garantir que os mortos não voltariam para perturbá-los

Ingredi Brunato Publicado em 30/09/2023, às 09h00

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Fotografia de esqueleto enterrado com uma foice sobre a garganta - Divulgação/ Polcyn et al. Antiquity
Fotografia de esqueleto enterrado com uma foice sobre a garganta - Divulgação/ Polcyn et al. Antiquity

A ideia de que os mortos se arrastem para fora de seus túmulos para assombrar os vivos é assustadora tanto para nós hoje quanto para as pessoas que viveram há séculos atrás, segundo indica a arqueologia.

Isso, pois, em diversos cemitérios explorados através do mundo, foram descobertos instrumentos cujo propósito parecia ser manter os cadáveres dentro de suas sepulturas. Descubra abaixo alguns deles: 


1. Estacas 

O método de estaca de ferro atravessando o coração é um clássico da cultura pop para derrubar de vez um vampiro. Aparentemente um povoado medieval de Sozopol, na Bulgária, concordaria com a eficiência da ferramenta: lá, foram escavados três túmulos em que havia estacas de ferro presas em meio aos ossos.

Segundo repercutiu o portal Mental Floss, a prática foi utilizada não só durante a Idade Média, mas também no início da Idade Moderna como forma de impedir os mortos de deixarem seu local de descanso. 


2. Pregos?

Uma tumba de cremação da Era Romana encontrada na Turquia em 2023 surpreendeu arqueólogos devido à abundância de pregos soltos espalhados em seu interior — era um total de 41 deles, posicionados nas bordas do túmulo. 

De acordo com o LiveScience, os objetos, entortados, possuíam uma finalidade ritualística, possivelmente servindo para selar 'magicamente' o cadáver em sua sepultura. Outra teoria, no entanto, é que se tratavam de amuletos de proteção para o ente querido já falecido: 

O medo dos mortos é uma possibilidade, assim como amuletos para proteger os mortos – ou ambos, talvez", comentou Marco Milella, um dos pesquisadores envolvidos no estudo do achado. 

3. Foices

Esqueleto com foice no pescoço / Crédito: Divulgação/ Polcyn et al. Antiquity 

Já em 2015, a escavação de quatro enterros do século 17 na Polônia surpreendeu cientistas devido à presença de nada menos que foices posicionadas na garganta dos esqueletos. 

Conforme teorizado pela equipe que examinou as descobertas, a prática funerária envolvendo as lâminas seria um forte indicador de que as pessoas que viviam ali não apenas acreditavam em magia, como também temiam demônios. 

O significado mágico e ritual deste gesto parece fora de dúvida", apontaram os pesquisadores em um estudo publicado a respeito na revista científica Plos One. 

4. Cadeado

Tornozelos e cadeado no local de escavação / Crédito: Divulgação/ Łukasz Czyżewski

Esse tópico é uma continuação do último: isso, pois, esses restos mortais da foto, que pertenciam a uma criança pequena e traziam um cadeado triangular preso ao tornozelo, também foram descobertos no cemitério polonês onde estavam as foices. 

Conforme repercutiu o Insider, é possível que os moradores da região pensassem se tratar de uma "criança vampira", motivo pelo qual tomaram medidas tão drásticas para mantê-la dentro de sua sepultura. 

Também pode ter sido uma pessoa que morreu violentamente e repentinamente em circunstâncias estranhas. A morte súbita era frequentemente considerada algo de que as pessoas deveriam ter medo", observou Dariusz Poliński, professor que liderou as escavações, ainda de acordo com o veículo. 

5. Cordas 

O esqueleto citado / Crédito: Divulgação/ MOLA

Na Inglaterra, por sua vez, foi descoberto entre 2018 e 2018 — mas apenas anunciado ao público este ano o esqueleto de uma adolescente enterrada no século 19 de bruços e com os tornozelos amarrados. 

Além de ter sido enterrada de bruços nas proximidades de uma fronteira, a posição de seus tornozelos sugere que podem ter sido amarrados. Isso implica que a comunidade tomou medidas extras para garantir que ela não pudesse ‘retornar’ do túmulo", explicou Don Walker, especialista do Museu de Arqueologia de Londres (MOLA).

A razão para esse medo, por sua vez, não pode ter determinada com certeza. Uma pista importante, no entanto, foram evidências identificadas pelos pesquisadores de que a jovem estava gravemente doente quando faleceu, tendo sofrido de uma morte súbita. 

Provavelmente nunca saberemos exatamente como esta jovem era vista pela comunidade em que cresceu, mas a forma como foi enterrada diz-nos que é quase certo que ela era vista como diferente. Seus ritos funerários podem ter refletido a natureza de sua morte, ou sua identidade social ou de sua família", acrescentou Walker, também segundo o Insider.