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Desventuras / Cinema

‘Cleópatra’: Filme teve casal turbulento que existiu fora das telas

Os sets de filmagem do clássico da Era de Ouro de Hollywood viram surgir um caso famoso em Hollywood

Isabela Barreiros Publicado em 14/12/2021, às 11h11

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Elizabeth Taylor e Richard Burton em "Cleópatra" (1963) - Divulgação/Vídeo
Elizabeth Taylor e Richard Burton em "Cleópatra" (1963) - Divulgação/Vídeo

Um dos maiores clássicos da era dourada de Hollywood, “Cleópatra” foi dirigido por Joseph L. Mankiewicz em 1963 e contou com um elenco de peso. Richard Burton como Marco Antônio, Rex Harrison vivendo Júlio César e, por fim, a icônica Elizabeth Taylor interpretando a rainha do Egito que dá nome ao filme.

O longa-metragem fez história na indústria cinematográfica e, na época que foi lançado, ganhou quatro Oscars, sendo estes de direção de arte, fotografia, figurino e efeitos especiais. Além disso, chegou a ser indicado a outros cinco, que incluíam o de melhor ator, com Rex Harrison, montagem, trilha sonora original, som e melhor filme.

Para ser produzida, a obra histórica contou com um orçamento de US$ 44 milhões, cerca de R$ 249 segundo a cotação atual. Ao final, após os quase três anos de gravação e lançamento, a arrecadação da bilheteria mundial foi de US$ 71 milhões, o equivalente a R$ 403 milhões nos dias de hoje.

Elizabeth Taylor e Richard Burton em "Cleópatra" (1963) / Crédito: Elizabeth Taylor e Richard Burton em "Cleópatra" (1963)

Além de ter se tornado um filme lendário por si só, com atores importantes para o período, figurinos que o tornaram referência de estilo e o fato de Taylor ter se tornado a 1ª atriz de Hollywood a receber US$ 1 milhão por uma única produção, “Cleópatra” também formou um dos casais mais conhecidos de Hollywood.

Os sets de filmagem viram nascer o romance entre Elizabeth Taylor e Richard Burton que, na época, ainda eram casados respectivamente com Eddie Fisher e Sybil Williams, cujos relacionamentos ruíram.

Casal hollywoodiano

Os dois se conheceram enquanto gravavam “Cleópatra”, na cidade italiana de Roma, e logo se apaixonaram.

Sam Kashner e Nancy Schoenberger documentaram o começo desse romance no livro “Furious Love: Elizabeth Taylor, Richard Burton, and the Marriage of the Century” (Amor Furioso: Elizabeth Taylor, Richard Burton, e o Casamento do Século, em tradução livre), de 2009.

“Em seu primeiro beijo profundo, no boudoir de Cleópatra, Burton se viu preso, quase drogado, em sua presença. Eles repetiram a cena várias vezes, o beijo durando mais a cada tomada”, escreveram.

Então, o diretor Joseph Mankiewicz teria gritado para que os atores parassem, mas a cena continuou. “‘Vocês dois se importam se eu disser corta?’ ele perguntou novamente. E então, ‘Você acha que é hora do almoço?’”, continuaram os autores na obra.

O casal durante o filme / Crédito: Elizabeth Taylor e Richard Burton em "Cleópatra" (1963)

Em um envolvimento arrebatador, o caso entre os dois dos mais famosos atores de Hollywood foi à público de uma forma nada surpreendente: com sua intimidade divulgada por um paparazzi. Os rumores se confirmaram quando uma foto dos dois sozinhos em um iate foi divulgada à imprensa.

Liz só conseguiu se divorciar de Eddie Fischer em 1964. Burton, no entanto, se separou de Williams no mesmo ano em que o caso com a amante veio à tona, em 1963. Nove dias após Elizabeth terminar o casamento, o novo casal adotou duas crianças, Liza Todd e Maria Burton.

Eles se casaram já naquele ano, em 1964, levando um estilo de vida especialmente luxuoso e rentável em Hollywood, ao estrelarem 11 filmes juntos ao longo de suas carreiras e relacionamento. No entanto, nem todas as joias, peles caras, diamantes e pinturas conseguiria manter a estabilidade da relação e os dois se separaram em 1974.

Isso para voltarem a se casar em 1975, em um segundo casamento que durou pouco menos de um ano. Ao final de 1976, Taylor se casou com John Warner, um político republicano que se elegeu senador. Alguns anos depois, Burton se uniu a Sally Burton, autora britânica, em 1983.

Ainda assim, é possível dizer que os dois continuaram apaixonados mesmo após tantas idas de vindas. Aos autores Kashner e Schoenberger, Taylor disse:

“No meu coração, sempre acreditarei que teríamos nos casado pela terceira e última vez. Desde aqueles primeiros momentos em Roma, sempre estivemos loucamente e poderosamente apaixonados.”


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