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Desventuras / Cleópatra

Cleópatra: Série da Netflix não se aprofunda em polêmica e resgata lado habilidoso da rainha

Lançada pela Netflix, 'Rainha Cleópatra' mistura relatos e encenações ao resgatar a ilustre trajetória da última rainha

por Thiago Lincolins

tlincolins_colab@caras.com.br

Publicado em 11/05/2023, às 11h48 - Atualizado em 12/05/2023, às 11h00

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Imagem da série 'Rainha Cleópatra', da Netflix (2023) - Divulgação/Netflix
Imagem da série 'Rainha Cleópatra', da Netflix (2023) - Divulgação/Netflix

Após uma intensa polêmica entre internautas e autoridades do Egito, a Netflix chamou atenção ao lançar a série 'Rainha Cleópatra' na última quarta-feira, 10. Exclusiva do serviço de streaming, a produção causou um debate ao resgatar a ideia de que Cleópatra teria sido negra.

A série, que mistura fato e ficção ao resgatar a trajetória marcante de Cleópatra, conta com a atriz negra Adele James no papel da última rainha do Egito. Mais de 2 mil anos depois de sua morte, a rainha se tornou um dos termos mais comentados nas redes sociais. 

"Dado que Cleópatra se representa como uma egípcia, parece estranho insistir em retratá-la como totalmente europeia", disse Sally Ann Ashton, especialista que discute o tópico na série documental da Netflix. "Cleópatra governou no Egito muito antes do assentamento árabe no norte da África. Se o lado materno de sua família fosse de mulheres nativas, elas seriam africanas, e isso deveria ser refletido nas representações contemporâneas de Cleópatra". 

Cena da série 'Rainha Cleópatra', da Netflix /Crédito: Divulgação/Netflix

No entanto, o tema é complexo. Afinal, a ossada de Cleópatra jamais foi encontrada. Esse passo seria importante para estudos que comprovariam não só sua origem, mas também os enigmas que envolvem a sua morte. Além disso, existem rasas informações sobre a sua mãe e os avós. Com o debate de décadas, muitos alegam que a rainha era uma 'mulher egípcia nativa', enquanto outros resgatam a herança grega da rainha, que veio da dinastia dos Ptolomeus. 

No entanto, o debate que envolve a 'cor de Cleópatra' passa quase que batido na série documental da Netflix. Com a poderosa atuação de Adele James, a produção se aprofunda, na verdade, em uma das maiores virtudes que a rainha teve em vida: seu intelecto. 

Com produção da talentosa Jada Pinkett Smith, os assinantes da plataforma de streaming Netflix terão a chance de conhecer "(...) A mulher mais famosa, poderosa e incompreendida do mundo - uma rainha ousada cuja beleza e romances vieram a ofuscar seu verdadeiro trunfo: seu intelecto. A herança de Cleópatra tem sido objeto de muitos debates acadêmicos, muitas vezes ignorados por Hollywood. Agora nossa série reavalia esta parte fascinante de sua história", destaca a sinopse da produção. 

Por trás do mito

Alvo da propaganda de Roma, que insistiu em descrever Cleópatra como uma 'sedutora sem escrúpulos', 'Rainha Cleópatra' apresenta a mulher por trás do mito. Já nos momentos iniciais da série, o público conhece um lado pouco discutido sobre a rainha: os estudos.

Os episódios seguintes também mostram que Cleópatra foi uma líder habilidosa, que entrou em conflito os próprios irmãos para não perder o poder. Rainha que conhecia os costumes e ritos do Egito, a série também mostra uma líder dedicada que se preocupava com a população.

Imagem promocional da série 'Rainha Cleópatra' /Crédito: Divulgação/Netflix

A nova série original da Netflix instiga ao imaginar os momentos turbulentos que a rainha viveu em sua trajetória política, quando fugiu do Egito para não ser morta pelo próprio irmão, Ptolomeu XIII. Também não é ignorado o lado estratégico de Cleópatra no momento em que se envolve com Júlio César e Marco Antônio. Foram a partir das relações que ela conseguiu bons acordos para a nação que comandava. 

Cobrindo os principais fatos históricos que marcaram a trajetória da rainha, o público também entende com facilidade os erros que ocasionaram no suicídio da rainha após a intensa Batalha de Accio, quando ela e Marco Antônio se encontraram encurralados.