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Desventuras / Cleópatra

Netflix lança série sobre a poderosa Cleópatra, a última rainha do Egito

A série 'Rainha Cleópatra' já pode ser assistida na Netflix Brasil

Redação Publicado em 10/05/2023, às 10h12 - Atualizado em 11/05/2023, às 19h57

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Antes mesmo de seu lançamento oficial, a série documental 'Rainha Cleópatra' se tornou um dos assuntos mais comentados entre internautas no mês de abril e até mesmo irritou egípcios. 

Ao divulgar uma prévia que mostra a atriz negra Adele James no papel de Cleópatra VII, a Netflix instigou um debate de séculos: a verdadeira cor da rainha. Agora, a série já pode ser assistida na Netflix Brasil. 

Com produção de Jada Pinkett Smith, os espectadores da plataforma de streaming Netflix tem a chance de conhecer "(...) A mulher mais famosa, poderosa e incompreendida do mundo - uma rainha ousada cuja beleza e romances vieram a ofuscar seu verdadeiro trunfo: seu intelecto. A herança de Cleópatra tem sido objeto de muitos debates acadêmicos, muitas vezes ignorados por Hollywood. Agora nossa série reavalia esta parte fascinante de sua história", indica a sinopse da produção. 

Com uma vida marcada pelas tradições de uma civilização, a série da Netflix mostrará a saga da rainha de maneira inédita, segundo descrito pelo site Tudum, e também destacará uma das maiores virtudes que Cleópatra teve em vida: o intelecto

Antes mesmo do lançamento, o Conselho Supremo de Antiguidades do Egito se manifestou em comunicado e destacou que a rainha não era negra, como representado na série.

O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades confirma que a rainha Cleópatra tinha pele clara e feições helenísticas (gregas)”, detalha o órgão num comunicado publicado no site do Ministério e repercutido pelo site Deadline. 

Reação do Egito

Mostafa Waziri, que atua como secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, repercute que, por se tratar de uma série documental, os responsáveis pela precisam 'se basear em dados históricos e fatos científicos'. 

“A aparição da atriz é uma falsificação da história egípcia e uma flagrante falácia histórica, até porque o filme é classificado como documentário e não uma obra dramática, o que exige dos responsáveis ​​por sua produção apurar o rigor e se basear em dados históricos e fatos científicos para garantir que a história e as civilizações não sejam falsificadas”, disse ele, também como repercutido pelo Deadline.

O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito enfatizou que as estátuas e representações em moedas de Cleópatra a representam como características helenísticas e 'pele clara, nariz desenhado e lábios finos'. 

Escultura romana retrata Cleópatra, a última rainha do Egito /Crédito: Domínio Público e Pixabay

Mostafa Waziri aproveitou para destacar o que causou a reação negativa do Egito após a escalação de uma atriz negra para interpretar Cleópatra VII. 

"A rejeição sofrida pelo documentário antes de seu lançamento é motivada pela defesa da história da rainha “Cleópatra VII”, que é uma parte importante e autêntica da história antiga do Egito, e longe de qualquer racismo étnico, com total respeito pelas civilizações africanas e pelos nossos irmãos do continente africano que nos une a todos", disse ele.

Em artigo escrito para o site Aventuras na História, o professor de História Vítor Soares resgata o longo debate em torno da cor e origem de Cleópatra VII.